"Gérard, vem no
dia 31 de janeiro à praça Triumfalnia (em Moscovo), com o teu novo passaporte
russo no bolso. Todos os dias 31, às 18:00, nesta praça, cidadãos russos exigem
o direito de se manifestarem de forma pacífica, como previsto no artigo 31 da
Constituição. Esperamos por ti, Gérard!", escreveu Eduard Limonov,
escritor e um reconhecido opositor de Putin, na rede social LiveJournal.
"Aqui fica um
convite para assumires um verdadeiro papel histórico de defensor das liberdades
na Rússia", acrescentou Limonov.
"Não vamos
esquecer e nunca vamos perdoá-lo por esta frase: 'É uma grande
democracia'", afirmou o jornalista Matvei Ganapolski, na rádio Echo
Moskvy, ligada à oposição russa.
Outro opositor de
Putin, Lev Rubinstein, também reagiu às palavras do ator.
"Caro Dépardieu,
não hesite, venha para a Rússia. Os seus impostos vão ser canalizados para boas
obras: novo aumento dos agentes de serviços de segurança, de procuradores, de
juízes e de gorilas armados com bastões que passam tabaco a jovens e a senhoras
de idade que representam uma ameaça para a nossa estabilidade", ironizou
Rubinstein.
In Sic Notícias
Como historiadora,
indignou-me também a forma cor-de-rosa como o Depardieu apresentou a Rússia.
Por conveniência, cada um puxa a sardinha á sua brasa.
Mas acho a cereja no
topo do bolo que o Putin tenha oferecido uma casa ao actor francês bem como o
cargo de Ministro da Cultura. Ministro??? Cultura?!? Oferecer este cargo a um
estrangeiro que claramente desconhece a forma como o povo russo é tratado há
séculos, que ignora o real estado de governação?
Mas enfim, foi
coerente em algo: Putin ofereceu-lhe uma casa na região da Mordóvia, conhecida
por ainda manter em funcionamento 20 campos de prisão (vá-se lá saber o que
farão ali às pessoas) que remontam da época de Estaline. Inclusive uma das
jovens do grupo Pussy Riot está a cumprir pena nessa região.
Não há como negar que a Rússia não é o país mais livre e democrata do mundo. O actor francês só faz uma figura pateta ao tentar pintar a Rússia de cor-de-rosa.
ResponderEliminarConcordo. Lá que o homem queira mudar de nacionalidade, é lá com ele. Mas parece-me que tudo isto foi envolto em muita fantoxada. E realmente oderecerem-lhe uma casa e o cargo de Ministro veio reforçar ainda mais a minha opinião.
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