sexta-feira, 22 de março de 2013

Amor, lágrimas e união




A noite de ontem foi mágica.
A minha amiga não estava realmente a contar com que aparecessem as amigas mais próximas e a família toda casa adentro. Ficou estupefacta mas feliz.
O jantar correu muito bem, cheio de gargalhadas e boa disposição. Gostei tanto de vê-la rir, feliz, despreocupada.
Mas após soprar as velas, a minha querida amiga decidiu fazer um discurso. E aqui o ambiente mudou. Decidiu agradecer a presença das pessoas mais amadas, frisar como os tempos têm sido difíceis, como o amanhã é incerto e negro, pediu desculpas pelas ausências na amizade, pelo pouco tempo e pelo mau humor por vezes.
Foi o suficiente para que, em questão de segundos, aflorassem lágrimas em todos. Chorava a mãe dela, a madrinha, o pai, o namorado e até os sogros. Eu sustive-me ao máximo que não gosto de transparecer sentimentos em público (ai esta frieza a combater…).
De repente, senti que estávamos todos a despedir-nos.
Quem passa os dias a ser forte, a fingir que está tudo bem, que tem fé e certezas que o amanhã trará a cura, deixou cair a máscara naquele momento. O agradecimento dela pela nossa presença era notoriamente um alívio por comemorar o que poderá ser o seu último aniversário. Toda a gente a chorar foi uma demostração do medo que todos temos mas não verbalizamos para que ela tenha força e fé.
E a noite acabou assim, em lágrimas e triste, com dúvidas e sombras e eu senti-me numa despedida. Não gostei de sentir isto.

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