terça-feira, 24 de maio de 2016

Gestão de tempo

Logo agora que começam os exames e os mil trabalhos surgem festas que possibilitam juntar os amigos em sitios que gosto (bem loooonge de Lisboa).
Como tal e porque acho que já sofro o suficiente tendo esta vida desinteressante e horrivel na capital, recuso-me a ser "responsavel". Meti 3 cadeiras para recurso. Lá a meio de junho, sossegadinhas. Assim sendo, vamos lá arranjar aqui uma agenda bonitinha, com uma gestão minimamente correcta para que as negativas não surjam e as festas se vivam.


sábado, 21 de maio de 2016

Aquele colega que...

... só ele é que trabalha, mais ninguém na turma trabalha e estuda e sabe o que isso é.
... só ele é que está cheios de trabalhos académicos por fazer (curioso pah, podia jurar que eramos uns 60 alunos).
... só ele tem mais que fazer que ir a tutorias e trabalhos de grupo (e ele vive e sempre viveu os seus 26 anos em casa da mamã com empregada... olha se tivesse 4 cães em FAT, uma associação, 2 gatos e uma casa inteiriiiiiiinha para limpar, roupa para lavar, loiça, ect...).

Deus, dai-me paciencia porque sei que muito, muito em breve vou manda-lo levar onde levam as galinhas. Amén




quinta-feira, 19 de maio de 2016

Do sentido da vida

Não tenho a menor dúvida que o meu talento, a minha missão, são pessoas.
Por isso vim estudar Serviço Social.
Curiosamente, a vida aqui não me permite ter tempo para pessoas. E isso mina o campo. Faz-me duvidar todos os dias se estou no lugar certo, se tomei a melhor decisão.
Hoje fiz algo mais por mim do que por ele, o pequeno Rafael.
Contactei uma amiga que tem uma associação que ajuda familias carenciadas e tive conhecimento da história do pequeno Rafael, que vive com os pais, a irmã e a avó num T1 de um bairro social, onde muitas vezes não têm o que comer e o pequeno nem cuecas tem. Já quase não tem roupa, brinca com o que encontra no lixo e só tem um par de tenis já muito desgastado.
Decidi fazer a diferença:


Agora sim, sinto-me eu.

Prazer, Mula da Silva

Pedi 2 dias de férias para fazer imensos trabalhos da faculdade. Entretanto o maior deles, que era para amanhã, foi adiado para 2f. Adivinhem quem já nem pensou mais no assunto?!? Exacto...
Mas há um bem lixado com aquela professora da qual eu fiz queixa que continua a ser para amanhã. E que fiz eu? Ontem nada. Hoje... bom, vou começa-lo agora. Ás 19h. Parece-me bem...

Últimas noticias:
- recebi um convite de um local de prestigio para estagiar 2 anos, numa área que gosto e onde têm em consideração o facto de eu ser trabalhadora. Resposta da minha querida faculdade, na pessoa da prof que me odeia desde o primeiro dia, "Ainda que seja lisongeador para si, não deve aceitar pois a universidade é que se deve pronunciar sobre o seu futuro". Ora vejamos... eu pago. Eu quero ser servida. É o MEU futuro. Portanto, como as aulas estão a acabar, nem me vou mais chatear com isto. Deixemos o verão decorrer. No próximo ano vou pronta para matar alguém porque eu quero o meu estágio, este estágio e não é negociável!
- Trabalhos de grupo... todos os detestamos, certo? Isto de estar numa turma de 18 anos em que já há brigas por rapazes e por temas e disputas por professores e chamadas de atenção... aafff! Não, ainda não discuti com ninguém. Limitei-me a dizer "O trabalho tem de ser feito e se eu tenho emprego e tenho de arranjar tempo para me juntar convosco voces também têm! Pouco me importa as vossas birras. Eu vou fazer o trabalho convosco ou sem voces. Quem tiver problemas, fale com o professor e retire-se". Digamos que em somos 5 e 2 não me falam... ainda bem que um dia crescerão e entenderão que isso não me afecta. Há uma abismal diferença entre amigos e colegas e eles têm de entender isso. Duvido seriamente que faça amigos aqui. Não me identifico com ninguém desde que cheguei a Lisboa e vejo isto como uma missão militar: entrar, cumprir o desafio e sair.
- Dia 9 entrego a última avaliação. Está quase... Nem acredito que aguentei 1 ano aqui!
- Já fiz a minha primeira frequencia. Não estudei. Era imensa coisa e sinceramente tinha sono e ignorei completamente a matéria. Tive 13. Fantastico.
- Sábado vou ter de abrir mão do meu descanso para ir fazer um trabalho em grupo com um elemento muito arrogante. Tenho cá um feeling que não aguento 1h sem o meter no sitio de forma rude...

Resumindo: só quero ver-me livre deste 1º ano, fazer as cadeiras todas e ficar sem ver colegas e professores uns bons meses. É tão mau passar o dia rodeada de pessoas que não me dizem rigorosamente nada.
Continua-me a valer o emprego e o seu bom ambiente.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Da dor

Pedi 2 dias de férias para colocar o trabalho da faculdade em dia e aproveitei que hoje estava por casa para ir alimentar os miúdos mais cedo. Sou FAT de 4 cães, um dos quais uma cadelinha sénior, a única que não está para adopção e que tem uma tutora que a ama, que a resgatou, que a visita aos fins-de-semana e lhe trás biscoitos e medicação. A senhora que a resgatou agora já no seu fim de vida, tem-lhe um amor enorme, como se a tivesse criado desde sempre. Não a podendo ter, pediu-me que a cuidasse.
Sendo uma cadelita sénior, já surda e só vendo sombras, parecia-me bem. Tinha os problemas tipicos da idade mas ainda caminhava, comia e apanhava os seus banhos de sol.
Hoje decidi mimar os miudos e alem da ração, levei uma saqueta da Pedigree para cada um. Alimentei os 3 mais jovens e quando me dirigi à velhinha, ela estava quieta e vi moscas à sua volta. Não podia acreditar!
Fiquei de joelhos a chama-la e nada. Fria, dura.
Faleceu a nossa velhinha!

Pedi à presidente da Associação para dar a noticia à tutora. E ainda estou a ganhar coragem para ligar eu. É a segunda vez qe lido com esta situação. Na passagem de ano de 2014/2015 vi um gato preto ser atropelado e enquanto o tentei salvar, morreu-me nos braços a caminho do veterinario. Como era a minha primeira vez numa situação destas, fiquei ainda na duvida porque o gatinho tremia e abria a boca. Só depois me explicaram que eram espasmos post mortem. Nunca esquecerei aquele momento, a impotencia perante a fatalidade e sobretudo a insensibilidade do veterinario que o pegou pelo cachaço, o abanou no ar e disse "vê? Está morto?".
Enfim, o certo é que na altura fiquei em choque mas foi tudo muito rápido. Não como agora, que já estava há 2 semanas a cuidar desta querida, a ganhar hábitos com ela.

Fico ao menos tranquila com a certeza que conheceste amor e mimos neste fim de vida. Descansa em paz, B*


domingo, 15 de maio de 2016

Quando tudo tem de acontecer:

Depois de vos contar o motivo do meu estado depressivo de fim de semana e de ter passado 2 dias a fingir que não estou no fim de semestre com trabalhos a rodo por fazer, fui só ali ao quintal receber mais um cão em FAT. Tenho de momento 4. E eis que um deles, o mais apegado a mim, o primeiro, ao ver o cão novo, maior que ele, uma especie de pastor alemão, ficou possuido! Atacou um dos outros residentes, atacou o cão novo e até a mim.
Não está fácil ser expressiva ou sorrir neste momento, o maxilar está todo dorido. té mastigar está dificil.
Vamos ver como corre... só espero amanhã não ter de passar o dia no hospital.



Das certezas da vida


E na 6f tudo terminou. O que mal tinha começado.
Em 3 semanas juntos, foram 4 os jantares desmarcados na hora. Comigo já de vestido, saltos altos, toda produzida em cada detalhe para o agradar.
Ou era o trabalho e as encomendas extra,  ora os treinos (nos quais planeia ir 3 meses para um determinado país de onde é natural a luta que ele pratica para aprender mais), ora ir ainda este mês duas semanas para França visitar uma irmã, ora o periquito que morreu, o carro que avariou, a dor de barriga... AAHHHHHH!
Eu até acredito nele. Algumas coisas aconteceram à minha frente, fui testemunha da vida ocupada dele mas... e eu? Quem gosta tenta encaixar a outra pessoa. Sente necessidade de estar junto, de mimar. Em 3 semanas a frase que mais ouvi foi "Não tenho tempo neste momento e acho que vou-te fazer sofrer. Talvez nos devamos afastar já". Claro que cada vez que ele me pediu um momento para pensar, coisa que respeitei escrupulosamente, ele passado uns 2 dias ligava cheio de saudades dizendo que iria mudar, alterar a sua rotina. Mas nunca acontecia. E eu ia.me sentido cada vez mais desiludida e triste e já esperava, a cada combinação, que ele não viesse. Sentia já que não valia nem a pena entusiasmar-me. E infelizmente eu tinha sempre razão.
Na 6f quando após mais uma situação ele volta a dizer "acho melhor afastarmo-nos" e eu explodi e disse-lhe que sim, que se esse era sempre o seu caminho por instinto, então sim. Não mereço alguém que não me queira sempre e a todo o momento, com maturidade para resolver problemas. E antes que eu me envolva mais, preferi dar-lhe razão, dizer tudo o que sentia. Pela primeira vez termino algo de consciência tranquila. Não houve vozes exaltadas nem coisas graves a serem ditas. Ele manteve o discurso que fui a mulher que melhor o tratou desde sempre, que lhe deu todo o amor e compreensão para além do normalmente aceitável e reitera que me é muito grato. Diz apenas que sou injusta ao achar que ele não está apaixonado por mim, pois está e toma justamente esta decisão que lhe dói porque acha que não tem como se dedicar e fazer-me feliz. Eu não digo que não mas... ele pode só achar que esta apaixonado. Porque eu continuo a saber o que quero e que devo lutar por isso. Se gosto corro atrás, cuido. Quem desiste não gosta, digam-me o que disserem. Uma cosia é desistir após desgaste, inúmeras tentativas e quando se esta numa relação nada saudável e temos de ser superiores. Outra coisa é desistir em tão pouco tempo sem motivos.
Resta agora respirar e aceitar e superar mais uma desilusão. Mas guardando nos bons pensamentos a primeira relação MESMO saudável que tive, sem pressões, que apenas tirava de mim o meu melhor lado.

PS: desde 6f que não sei nada dele. Nem farei por saber. Pois acima de tudo magoa-me que ele me tenha conquistado para nada.