sábado, 28 de julho de 2018

From Mexico with love

Ele chegou e foi-me buscar de Uber às 3h da manhã, aproveitando que tinha alugado um apartamento proximo ao meu emprego.
Os nervos eram imensos. Não nos viamos desde fevereiro e tinhamos ganho imensa confiança e sentimentos, pautados por uma gigante distancia geografica. Disse-lhe um timido "Olá". Ele retribuiu com um pequeno sorriso. Ele tentou descontrai-me, dizer piadas... eu tensa, quase esborrachada contra o vidro da porta oposta, mantendo a distancia.
Chegamos e foi notório o meu incomodo. Ele notou e entendeu. Fui trabalhar, ainda nervosa, de directa.
Dia seguinte: já mais fluido, esperou-me com o jantar feito e um ramo de rosas. Conversamos e dormimos (aquela estranheza imensa de dormir com um desconhecido já bem conhecido).
Só ao terceiro dia nos beijamos. Só passado uma semana aconteceu o resto naturalmente.
Ele é o cavalheiro que parecia e muito mais. É dos que abre a posta do carro, afasta a cadeira no restaurante.
Terminadas as minhas obrigações, partimos numa viagem: Óbidos, Alcobaça, Coimbra, Porto, Pedrogão, Viana do Castelo, Vila Praia de Âncora, Vigo, Pontevedra, Santiago de Compostela, Gerês, Mondim de Bastos, Mérida, Elvas, Évora, Arraiolos, Açores. Mostrei-lhe um pouco do país, partes que nem eu conhecia, como o Geres, pude ir ao meu adorado festival clássico em Mérida. Pelo caminho muitas experiencias, mimos, surpresas.
Em Santiago de Compostela veio o pedido oficial de namoro, digno de filme, comigo a entrar em casa e a dar de caras com um caminho de rosas até à cama onde estava um ramo imenso e na parede:




Quando o olhei, esperava a resposta tremendo e suando. Nem podia acreditar!
Disse sim.
Esteve 1 mês comigo e foi um mês maravilhoso. Chorou ao voltar a casa. Entendi bem o quanto gosta de mim e fez-me sentir abençoada por poder viver esta historia tão incrivel.
Mas claro... nem tudo pode ser perfeito e voltando ao México sentiu-se mal e temos falado directamente do hospital. Pancreatite. Foi operado na quinta-feira e agora esperamos uma segunda cirurgia proxima semana. Um gasto extremo, num hospital carissimo que vai impossibilita-lo de voltar já em setembro. E mais que tudo... a preocupação de tudo o que li desta doença e dos riscos que corre e da angustia que sinto cada vez que le ligo por video e vejo os olhos amarelos.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Estou viva!

- o mexicano é o doce que parecia e mais ainda!
- terminei o estágio com 18
- a faculdade autorizou-me a continuar o estágio no 1º semestre para que depois de fevereiro não tivesse de continuar em Lisboa mas... eu tenha uma cadeira para trás e decidi não fazê-la este ano pensando "Vou ter de ficar cá mais 6 meses! Vou-me sobrecarregar de trabalho agora para quê?". Pois... porque na minha cabeça esta cadeira era de setembro e não... parece que me confundi, ridicula e imperdoavelmente, e é de fevereiro. Agora ando a correr atrás da docente a ver se existe a possibilidade desta cadeira ser leccionada a outros cursos em setembro e que me permita acelerar o processo. De momento, ainda não sei de nada mas, oficialmente, a minha estadia aumentou para 1 ano exacto.
- dentro da empresa mudaram-me de departamento. Espero que seja algo positivo uma vez que em outubro atingo os 3 anos de contrato e já se sabe... efectivo ou rua. E em Portugal, o "efectivo" quase nunca existe
- Próximo mês termino as obras na casa, como me comprometi. Mas soa-se que a senhoria quer vender o prédio. Rezo aos anjinhos para que tal não suceda. Já meti aqui dinheiro suficiente e não quero nada estar a carregar a casa às costas de novo, já faltando tão pouco para sair e com a loucura imobiliaria que se vive na capital nestes momentos.
- os meus colegas de casa também me avisaram que em outubro vão sair. Vão tentar trazer o pai (eles são venezuelanos e irmãos) e viver os 3

Só mudanças!