sábado, 16 de junho de 2018

As pessoas não mudam?

Estive vários anos sem qualquer relação com o meu pai.
Cortar laços com ele, obrigou-me a tomar decisões, nomeadamente na altura, congelar a matricula e ir para Madrid ser empregada domestica. Não me arrependo.
Foi materialmente dificil, uma reviravolta. Mas tornei-me melhor pessoa fora da esfera de
odio dele. Desde criança que me lembro que o meu maior sonho era crescer e livrar-me dele. Uma criança que pensa assim... já diz muito.
Contudo, há uns 4 ou 5 anos decidi perdoá-lo. E sinceramente fi-lo. Não tenho qualquer afecto por ele mas não o odeio.
Contudo há coisas que nunca mudam e estou arrependida. Ele continua a tratar-me como a sua maior inimiga, a tentar perjudicar-me e só consigo ter pena dele. Se por um lado de orgulho da capacidade de não sentir odio, por outro estou muito farta de ter esta pessoa como pai.
Enfim, valha-me sentir sortuda pelos amigos que tenho e pelos 2 gatinhos maravilhosos que me abraçam a cada noite.

domingo, 10 de junho de 2018

Diário de Bordo

Não vejo o fim a isto!
Nunca me lembro de ter tido tanto trabalho. Nunca!
Além do meu emprego normal, decidi aceitar o convite do esposo de uma amiga para ser tradutora na empresa dele; é só prazos e pressões.
A par disto tudo, ainda ando em aulas e exames e ensaios e trabalhos na faculdade.
Há ainda o estágio e o relatório de estágio.
Há ainda a organização de um evento gigante na cidade de Lisboa.
E... finalmente dia 24 poderei ir de ferias. Faltam 14 dias. 14 dias de noitadas, de dormir 2 a 4h por noite, de sair da aula e correr para a reunião, e sair de lá e correr para o emprego e de lá correr para casa para as traduções horas e horas no pc...
Como sou doida e acho que o tempo estica, ainda fui 2 dias a Coimbra fazer um curso de Intervenção em Crise Humanitária onde se reavivou aquele velho sonho do voluntariado em África. Hoje em dia já é um sonho impossível, na medida que é uma excelente ideia aos 18 ou 19 anos, que os pais ainda nos pagam as contas. Hoje em dia, com 29 anos eu não creio que seja conveniente despedir-me, ir para África X meses e esperar que as contas se paguem sozinhas ou que, voltando, outro emprego esteja mesmo de porta aberta à minha espera. Contudo há um mundo para quem se forma, faz cursos, corre atrás, que são as missões humanitárias remuneradas. São dificeis, psicologicamente duras mas... incríveis!
O curso foi maravilhoso, aprendi muito, fiz contactos riquíssimos e conheci colegas muito interessantes.
Vim de lá cheia de ideias! As quais talvez procure colocar em prática quando me livrar da Universidade de vez.
Dia 20 chega também o mexicano... portanto se depois desse dia não der noticias é porque de facto ele é um criminoso e fui raptada. De contrario... espero que tudo corra bem. Já recebi mais um sem fim de flores e caixas de chocolates no trabalho e estou bem derretida com este príncipe.
Deu-se até o caso de ter tido obras em casa e fiquei sem net, rodeada de ruído e cheia de trabalhos para fazer, já a desesperar. O que fez o simpático para me ajudar, estando noutro continente? É que sem nem perguntar, alugou-me uma casa para passar a semana descansada, longe de stress e poder trabalhar feliz.
Fiquei e continuo sem reação! O que dizer, como agradecer alguém que nos faz isto?