quarta-feira, 26 de maio de 2021

Rotinas da infância

Eurovisão.
Aquele festival com gosto a família, a infância, a serões em frente a RTP.
Desde criança que me lembro da minha familia ser fã da Eurovisão, de estarmos atentos ás eliminatórias, de torcermos por Portugal, de dançarmos em frente à TV.
Fui das poucas pessoas que desde o inicio, amou a música do nosso Salvador. Achei-a tão linda, tão delicada e poderosa, por comparação com o fogo de artificio e palavras latinas com que se faziam as restantes.
Este ano, colocando o foco na voz incrivel do nosso vocalista dos Black Mamba, a verdade é que a nossa música era instrumentalmente previsivel e bastante aborrecida.
Agora... este ano o festival fez história como nunca, quer-me parecer!
Não consigo tirar da cabeça a música vencedora desde os primeiros segundos que a ouvi!
E o visual? O poder da linguagem corporal?
Primeiramente, sou uma fã irredutivel de Rock. Portanto achei super interessante ser este género a ganhar.
Em segundo lugar, as roupas, a linguagem em palco, o olhar e controlo do cenário e câmaras... senti que os Led Zepelin ou os Def Lepard ressurgiam ali, reencarnando-se. Cheirava a clássico, a Icone no ar...
Depois... a letra. Uma letra poderosa, em lingua nativa, de um país onde grassam ministros e politicas asquerossas como as do Ministro Salvini.
Por último e ACIMA DE TUDO: a mensagem. Os 3 homens da banda beijarem-se no fim, os saltos altos, unhas pintadas e maquilhagem do vocalista, uma mulher no Baixo... Claramente houve a intenção de passar a mensagem pró Mundo não binário; pró Nova Era mais livre e em amor. Após ver os Instagrams deles, não me resta dúvidas.

Eles são Icones a vários niveis e marcaram socio-politicamente este Festival.
Parabens, Maneskin! 



Enamorada










Dou pouco espaço à literatura portuguesa mas...
Cada prémio foi e é merecido, Afonso!
Apaixonada.