terça-feira, 29 de outubro de 2019

A prova de que o feminismo (e Humanismo) faz falta

No famoso blog Shiuuuu, vi este segredo:


E foi chocante, impressionante e triste ler os comentários.
Mais decepcionante foi perceber que a maioria eram provenientes de Mulheres.
Quando se questionarem sobre os números da violencia doméstica, lembrem-se que o machismo nasce em casa, na maioria por parte das mães. Triste, mas verdade...

Eu deixei um comentário dando como exemplo uma ex colega de trabalho. Mulher de 38 anos, com filho de 6 anos, divorciada. Pai ausente, que acha que só ela foi mãe.
Ela pretende emigrar, está com diversas dividas, inúmeros problemas pessoais e familiares e não pode levar a criança (inclusivé, porque o Pai ausente, neste caso quis-se fazer presente e dizer que não vai assinar a autorização para que o menor acompanhe a Mãe). Óbvio que a minha colega vai pedir ao juiz para que a guarda passe para o progenitor. Simples. Até porque que eu saiba, ela não se auto-fecundou.
Ela desabafou-me que está cansada de não ter vida, de não poder ser mais ambiciosa, de não poder arriscar. De não ser livre. Não quer dizer que não ame o filho mas... quero acreditar que não seja preciso um doutoramente para entendermos que alguém, apesar de mãe, é também humano. Com fragilidades, medos, ansias, sonhos.

Trechos de comentários ao meu comentário:

- "A minha mãe preferia morrer do que deixar me à guarda de outra pessoa. Falam dos filhos como se fossem fardos."
Pois amigo... não é "outra pessoa", é o tipo que lhe soube bem o orgasmo e fazê-lo. E fardo, a criança já o é... para o pai que nem dá as caras.
- "A mãe quer imigrar e não pode levar o filho, por isso, despeja a criança na casa do pai... (...) Os filhos têm de estar a frente das vontades próprias, ou para isso não os tinham! Filho não é gato!"
Concordo... o Pai deveria saber isso das vontades próprias...
- "Acho completamente desprezível esta atitude de "despachar" os filhos. Mudou de planos de vida e o filho que não tem culpa absolutamente de nada, vai ser despachado para o pai. Desculpa lá, que falta de noção é esta? Que impacto tem numa criança sentir que não é desejada e que emigrar é mais importante para a mãe e que existe um conflito em tribunal para decidir quem fica com ela como se fosse um sacrifício? Sentir que a existência dela é um fardo? [...] Quando fazemos os filhos temos de ter noção de que como todas as escolhas na vida, existem consequências. Essa atitude de agora querer despachar o filho para o pai porque decidiu emigrar e não lhe dá jeito levar o miúdo... A sério, completamente desprezível."
Mais um que acha um crime o "despacho" para o respetivo progenitor... acho que se calhar confundi-me na escola e as mulheres, de facto, auto-fecundam-se... E engraçado, esta pessoa acha que a criança ficará traumatizada e a sentir-se uma merda porque a mãe vai emigrar mas deve-se sentir muito amado rejeitado pelo Pai...
- "Estamos a falar de pessoas desejosas de colocar os filhos em casa dos ex maridos /mulheres, se sentem isso em relação aos próprios filhos é natural que o façam também aos animais, que são filhos de outros."
Ok, obrigar um Pai a ser aquilo que ele é, Pai... agora equipara-se a abandono animal... sei...



Cada um é livre de agir como entender, sendo fiel aos seus principios e àquilo que sente. Mas parem de crucificar as mulheres, sobretudo se forem mulheres.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Da minha estrelinha da sorte

Fui buscar o meu diploma no dia 9 de Setembro.
Já tenho 2 part times na área. Um deles, como Diretora Técnica.
Oficialmente assistente social!
E em busca do 3o trabalho...
Só é pena que ao que tudo indica, Lisboa não me vai largar tão cedo.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Recomendo:


Vis a Vis.
A-DO-ROOOOOO!!

Dúvida existêncial

- Viver na capital com 2 hipoteses de trabalho na area, ambas em part time, em que cobrarei 700€ mensal e pelo andar da coisa, vivirei num quarto até aos 50...
- Viver no interior, finalmente sozinha, com menos gastos, a trabalhar a full time na area mas que se o projecto acaba... serei uma desempregada em zona de desertificação (uma aldeia mesmo)

Opiniões, achegas, questões?

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Aquele afago no coração

Quando vais visitar um dos teus antigos locais de estágio, aquele onde passaste mais tempo. 1 ano, para ser mais exacta.
E o advogado te vê, abre um largo sorriso, dá-te um abraço e diz "Olha, já sabes que ando aqui a trabalhar para ti?".
Vendo o meu ar confuso avança, "Ando aqui de roda da legislação, do IEFP, de medidas de apoio ao emprego porque queremos passar por cima da nossa dificuldade financeira e contratar-te. Queremos que sejas a nossa assistente social! Tu e só tu".
Caramba! O meu coração derreteu. Mesmo que não consigam, só a acção já vale muito.
Obrigada!

O esforço compensa SEMPRE !!

E consegui o primeiro emprego na área.
Sem cunhas e nuns rápidos 17 dias após ir buscar o diploma (pois é... já estou em Portugal faz amanhã 1 mês).
É um part-time mas é melhor que nada. Já posso dizer que sou Assistente Social e estou a exercer.
Eu bem queria fugir a Lisboa mas por agora, aqui fico.
Resta procurar outro trabalho para conciliar e pagar as contas.
Desafios, venham daí!