terça-feira, 3 de agosto de 2021

Agosto

Parece uma frase clichet mas... o ano está a passar a correr mesmo!
Ainda ontem festejamos uma timida e medrosa passagem de ano, expectantes com o desenvolvimento da Pandemia em 2021.
E daqui a pouco será 2022.

Deu-me para fazer um balanço do tanto que se passou nestes 8 meses.
Comprei casa em Fevereiro; passei Março no México; mudei-me oficialmente a 10 de Abril; Maio e Junho foram-se em dois suspiros entre arrumações, exames médicos, stress e acomodações sem fim; Julho o marido veio para me ajudar a colocar ordem em tudo, descansar, ter tempo para me olhar e... chegou Agosto.
8 meses em que tanto aconteceu e não aconteceu nada.
Levada pelo stress da compra de casa, a pressão da corrida contra o tempo (a senhoria da anterior casa deu ordem de despejo a todo o prédio), a desilusão e a fúria (os meus 2 colegas de casa evaporaram-se, não quiseram pagar as últimas rendas e o valor das melhorias acordadas no inicio há 3 anos atrás e estando tudo em meu nome, adivinhem quem se encheu de contas para pagar SOZINHA?!?), acrescido das dores abdominais incapacitantes que tenho tido, mais uns meses em que mudei temporariamente de turno e andei a viver de noite (23h - 7h) conjugando um outro emprego nas manhãs, directas e ansiedade, a vida a mil...
E ZÁS! Sinto que fiz tanta coisa material, social e externa a mim e não fiz nada dentro de mim.
Estava a fazer um curso de desenvolvimento pessoal de 4 meses que acabou ontem e eu ainda só vi as aulas e exercicios das 2 primeiras semanas (que foram em março). Não medito desde então; reiki nem vê-lo há 2 anos; livros de temas muito especificos parados a ganhar pó; e só penso em dormir cada vez que posso, sem despertador nem disciplina. 
No inicio da Pandemia, inscrevi-me em diversos cursos e mais de 1 ano depois... estão todos parados.
E assim, fazendo tanto aos olhos dos outros, para mim sinto que a vida me está a passar ao lado enquanto durmo ou vejo TV.
Restam-me 5 meses para criar algumas mudanças e entender que o tempo é agora.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Para o regresso à vida social:


Domingo sairá de cartaz; portanto resta-vos hoje, sábado e domingo para se poderem deliciar com esta peça.
Vi a versão Mexicana e foi de ir às lágrimas de tanto rir.
Para a versão Portuguesa, estou expectante! E óbvio, já tenho o meu bilhete.
Que saudades de uma boa agenda cultural!

 

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Diário de Bordo

- 32 aninhos e a primeira indicação para ir ao IPO ver "algo" nas mamas...
- Dores intensas abdominais em que nas idas às urgencias nem me tocam e só me mandam fazer teste covid.
- Aumento nas leituras
- Aumento do cansaço e do sono
- 1 semaninha de férias pelo nosso País com o marido. Recomendo MUITOOO Dornes (pequeno, acolhedor, simpático, bonito e com uma agenda cultural de fazer inveja aos grandes; tivemos a sorte de chegar e estarem a começar na igreja um concerto de homenagem a Mozzart). Passamos também no Castelo de Almourol e Guimarães, locais onde não ia desde os... 7 anos, talvez? Espreitamos o Convento de Cristo (onde ainda nunca tinha ido). Nadamos na Praia Fluvial da Castanheira, também lindissima, temperatura da água simpática, uma paisagem linda. Regressamos a Coimbra e descobrimos uns sitios novos.
- Casamento da BFF, no qual fui uma linda Dama de Honor cor de rosa.
- Muita "limpeza" de amizades; entender que há pessoas a esforçarem-se por entrar na minha vida e outras a quererem sair ou que já não fazem mais sentido. Aceitar.
- Retrocessos. Mais impaciencia, comunicação mais agressiva e a noção que há que trabalhar isso URGENTE!
- Regresso à vida cultural
- Ida à Naturopata com adoção de novos hábitos

sábado, 3 de julho de 2021

Manuais da Vida

Se por um lado trago sempre literatura na mala (leio muito nos transportes, filas, momentos de espera, explanadas), por outro estabeleci na minha sala, na mesa de apoio, vários livros para ler ao serão. Vários e simultâneos. Que me permitam ir-me lapidando como um Diamante; descascando as camadas que nem uma cebola.
A quem interessar, a quem se quiser virar do avesso e olhar-se desde dentro, aconselho:

Não se deixem enganar pelo título que parece, digamos assim... básico e tonto! É um best seller de como aprender a comunicar melhor. E valha-me Santa Engrácia, como eu preciso disso!

Ótimo para uma procrastinadora Doutorada como eu! 

Não somos todos sombras de uma criança ferida?

Acompanhamento diário, com links e leitor QR CODE, com diversos exercicíos e espaço de escrita



Sexualidade consciente (porque a maioria das mulheres tem tantos medos e bloqueios...)

Vocês não sei... mas eu sou péssima a respirar e não consigo usar o diafragma, que deveria ser a nossa principal ferramenta

Também com temas / acompanhamento dia a dia

Porque a psicologia não é só para "malucos"; e em Português

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Burocracias na Era Covidária

Ter de ir a Coimbra fazer o CC porque em Lisboa só há agendamento para Outubro.
E ficar 3h de pé numa fila para receber o dito CC em Lisboa.

terça-feira, 29 de junho de 2021

Dos reencontros

Solstício.
Marcamos de o ir celebrar numa zona arqueológica a Norte e ficar cara a cara 10 anos depois.
4 ex colegas de licenciatura.
Nestes 10 anos mantive contacto com 2 delas através de mensagens e redes sociais.
E confesso, fiquei entusiasmada! Adoro o sabor a nostalgia, a reencontro, a abraços perdidos.
E grassava em mim uma verdadeira curiosidade: em que mulheres se terão tornado as outras 3?
Uma era muito conflituosa, era a que bebia, exagerava e dizia facilmente "Espero por ti lá fora para ajustarmos contas!"; outra era um mix de gótica com metaleira, espírito livre; e outra era "hiperativa", muito bem disposta.
As duas primeiras tinham-se tornado reikianas como eu, o que me deixou expectante sobre as partilhas que teriamos durante o fim de semana.

Mas...

Os primeiros 5min do reencontro foram logo muito desconfortáveis. 
A primeira continuava muito conflituosa e muito pouco reikiana. Adaptou a teoria a seu bem prazer, e defendia que deviamos ser "livres" e fazer tudo o que quisessemos. Resultado: juntamo-nos para almoçar num restaurante antes de começar a viagem de 4h de carro rumo ao Norte, e eu passei por uma enorme vergonha (acho que as 3 restantes, na verdade): a moça conflituosa arrotava que nem um pedreiro e os olhares das mesas em redor eram constrangedores. Ao ver as nossas caras soltou um "O que foi? Não me comecem já a castrar como a minha mãe".

...

A metaleira tornou-se a Esposa. Mãe de familia, calada, tranquila... com o Marido e os sogros! Connosco notava-se uma desesperada vontade de respirar naquele fim-de-semana e incendiar o ambiente para ter algo de novidade, um entretém. E ia colocando pequenos incendios entre todas.

...

A hiperativa é a única se se mantém igual na sua energia e desinteresse em dramas. Mas também, curiosamente, entregue a uma relação onde se anulou para que o seu "principe" trabalhe na área, no que deseja, enquanto ela serve mesas, infeliz, frustrada, mas isso sim: de sorriso em riste e sem descarregar em ninguém. 


Resultado: a maravilha dos reencontros é mesmo eles só acontecerem a cada 10 anos! E eu no último dia dei por mim a esgotar a paciência, explodir, soltar umas verdades e meter-me num autocarro e... bye!

Que canseira as pessoas viciadas em drama e que assustador as pessoas que se auto-sabotam e 10 anos depois são iguais sem qualquer traço de evolução.