quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Morte á "Civilização"




É de mim ou esta história da crise está a começar a estravazar um bocadinho?...
Olhando em redor, chego à conclusão de que o melhor a fazer é mesmo viver em modo “Road Trip”.
Vamos pelo mundo, de pé no chão, minha gente!
Como um amigo me disse um dia: “eu não desejo ter nada mais do que aquilo que couber na minha mochila”.
E posto isto partiu sem seguranças nenhumas para as Ilhas Canárias.
Louco?
Não… Herói!
Garantias é coisinha que já não existe nestes dias ensandecidos. Porque não arriscar?
O mundo está tão perdido que a sua instabilidade se torna preferível à comodidade caseira do sofá.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Afinal, como diria o Nilton: Eu Amo Você!

(ao telefone)

Mãe de um amigo: Ai filha… essa tua vida preocupa-me! Tens comido bem? Estás mais magra!
Eu: Tenho… Não se preocupe! A sério. Isto de não ter ninguém só nos fortalece.
Mãe de um amigo: Cala-te! Tens-me a mim! És a filha que eu nunca tive, és a irmã que os meus rapazes não tiveram, és a minha menina. Nem que eu tenha de fazer mais horas e ver de mais um trabalhozito mas eu vou te ajudar.
Eu: Nem pense! Tem 3 filhos para criar, deixe-se de coisas!
Mãe de um amigo: Shiu! Deixa-me fazer isto por ti, está bem?

PS: Nem tenho palavras…

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Como diria o Nilton: Bela Merda!

(ao telefone)

Eu: Este ano cortaram bastante nas bolsas de estudo. Acho que dificilmente me ajudarão. E o meu part-time… sabes que não ganho muito!
Pai: Pois… Pede ajuda à segurança social.
Eu: Já não me consigo aguentar muito mais tempo pela Universidade. Até ao fim do mês devo ficar sem dinheiro. Preciso de uma ajuda extra…
Pai: Pois, isto anda tudo complicado. Posso ver se trato de papelada para ires pedir ajuda à segurança social. Mais que isso não posso fazer!
Eu: Ah… Ok. Obrigada e adeus!

PS: O tipo (meu dador de esperma, porque realmente não merece o título de Pai), juntou-se com uma brasileira, comprou casa e andava todo airoso no outro dia, a comprar roupa para a enteada de 12 anos e vem-me dizer a mim, filha dele, que não tem como me ajudar?!? Eu que supostamente deveria terminar a minha licenciatura este ano faço o quê? Cancelo a matrícula no último ano? Boa…


(ao vivo)

Mãe: O teu pai é um monstro, nem ajuda a própria filha! E agora como fazes? Deixas os estudos? Tens de arranjar outro trabalho, não?!?
Eu: E que tal tu começares a procurar trabalho também? Assim ajudamo-nos uma à outra, boa?
Mãe: Até parece que é fácil encontrar emprego! Não vês o telejornal?!?
Eu: Sim, mas se nem procurares, de certeza que nunca encontrarás!
Mãe: Tu és uma insensível! Ninguém sente a mesma dor que eu! O teu irmão morreu e tu nem me queres deixar fazer o luto! (começa a chorar desalmadamente…)
Eu: Oh por favor! Ele morreu há 9 meses! Vais fazer luto a vida toda?!? De certeza que o que ele mais deseja é que encontres o teu caminho e sejas feliz!
Mãe: Ele era muito mais do que um filho! Era um companheiro! Tu não percebes! Não és mãe, não sabes o que eu sinto! Eu preciso fazer o meu luto pelo meu filho!
Eu: Boa, mãe… É bom saber que tu só tinhas em filho e que já morreu. Quando te lembrares que tens outra que precisa de ti, avisa ok? E desculpa ter nascido saudável!

PS: Ok, a minha mãe foi uma heroína durante 18 anos e isso não se discute! Ela cuidou sozinha de um filho deficiente até há 9 meses atrás. Tudo certo, mas… e eu? Porque saía e tinha amigos e ia à escola não tenho o mesmo valor? Que óptimo!


Quando nos sentimos sozinhos é mau…
Mas quando temos a certeza que estamos totalmente isolados, é o desmoronamento total!

sábado, 6 de novembro de 2010

Nirvana

Gosto do Budismo porque nos dá Liberdade. Deixa-nos pensar de forma clara, apresentando o mapa completo de caminhos.
Aquela historinha do Nirvana e da Paz Interior não é mentira, sabem?
Aliás, cheguei à conclusão de que esse é até o objectivo da vida humana.
Cada coisa que possuímos quase sempre tem um motivo, uma causa, uma desculpa, uma algema.
E se tivéssemos algo só por ter? E se tivéssemos algo só porque nos faz sorrir? E se… parássemos de nos questionar?
Penso demasiado, quero sempre saber a causa e a consequência de tudo. Mas finalmente percebi; parei.

Respirar fundo no início do dia enquanto oiço uma música com significado e sorrir para o sol vale milhões.
Ver o mundo desmoronar à minha volta e continuar a sorrir… UAU! Isso vale o meu Nirvana e uma vida cumprida.