quarta-feira, 30 de maio de 2012

Oin…!!






Nunca vi uma história de amor tão fofinha, amorosa, escrita de forma tão sublime e mágica.
Só tive pena do triste final.
Definitivamente, um dos livros da minha vida.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Maré de inspiração



Eu escrevo contos. Ou escrevia.
Dizem que tenho talento.
Inclusive, um senhor gostou tanto de um que leu, que queria que eu o adaptasse para teatro para uma companhia analisar.
Mas eu não consigo sentar-me e escrever. Ou sinto a história a correr-me pelos dedos ou não vale a pena. O talento só me surge por breves momentos. Não adianta pegar na caneta e tentar produzir o que for, racionalmente. É como se entrasse num transe produtivo.
Estive mais de 1 ano parada. A criatividade não queria nada comigo. E agora, de repente, parece que acordou! Estou a escrever um conto que já vai em 10 páginas e ainda nem vai em metade. E já tenho outros 3 esboçados.
Parece que desta engatei a mudança certa!
Bora lá, Raven! Não percas o ritmo agora!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mais de 80mil pessoas no Rock in Rio

E dizem que há crise?
E querem que o Passos Coelho leve a sério as manifestações?
Este povo…

Sem inspiração

E tantas fitas de finalista para escrever.
Ainda por cima convidaram-me para Madrinha de Queima e só vos digo que a fita de madrinha na Universidade de Évora tem o pequeno tamanho de 1 metro!
1 metro!!!
Como encho isto de palavras?

sábado, 26 de maio de 2012

Oh que sacrifício



Ofereceram-me um bilhete para assistir ao concerto do bonitão do Pablo em Elvas.
Não sou louca por ele, como 99% da população mundial neste momento. Mas as letras são bonitas, de facto.
Lá terei de fazer o sacrifício de ficar a olhar/ouvir esta barbinha jovem.

O valor das pequenas coisas


Ao repensar a nossa relação e todas as dificuldades que temos tido, relembrei aquele dia.
Telefonaste-me: “Desce. Vou-te apanhar. Trás um gancho daqueles pretos”.
Estranhei. Peguei no gancho e fui esperar-te na rua.
Chegaste, entrei no carro, pegaste no gancho e sorriste com uma pequena flor lilás na mão. Colocaste-a no meu cabelo, prendeste-a com o gancho e disseste-me que estava linda.
Em seguida levaste-me a passear, programa cultural como eu gosto. Levaste-me a Vila Viçosa.
Digam o que disserem, pequenas coisas, pequenos gestos de amor, valem bem mais que um bilhete num cruzeiro. Pegar no cartão de credito e providenciar uma prenda, qualquer um faz. Caminhar, ver uma flor e lembrar-se que aquela pequena beleza poderá arrancar um sorriso a quem se ama, já requer outra sensibilidade.
Obrigada, amor.

Sugestão



De 2008.
Não se aventurem sem uma caixa de lenços ao lado.

João



Não existe coisa mais difícil e trabalhosa no mundo que uma relação amorosa.
Temos de nos manter fieis a nós próprios, não podemos perder as nossas bases, no entanto não podemos ser inflexíveis e arrogantes. A arte da cedência torna-se uma ciência de estudo.
A única bússola que temos é o amor. Mas devemos ter em atenção que este, por sí só, não pode fazer nada. O amor é o tecto. Qualquer tecto cai se não tiver pilares. Respeito, amizade, companheirismo, confiança e, sobretudo, dedicação, fazem o porto de abrigo que deve ser a outra pessoa.
Não acredito em amor à primeira vista. Isso não existe. Existe algo, algo sem nome, uma faísca, um click, que surge, cresce e, como qualquer animal selvagem e livre, deve ser educado, domesticado, trabalhado de forma a crescer saudável e bonito. Por isso desenganem-se! Amor louco e puro, como nas novelas, não aparece do nada. Constrói-se. Exige suor, brigas, desencontros, sinceridade, por vezes dureza. Água fria em pedra dura tanto bate até que fura.
E quando as pessoas são de mundos, educações e gerações diferentes, esse trabalho torna-se num projecto astronómico, que exige muitas noites sem dormir, muitos rascunhos e stress.
Quem segue este blog sabe que tenho uma relação igual a uma montanha russa. Não somos sempre felizes, seguros da relação, nem digo que tenho o melhor namorado do mundo e que vamos ficar juntos para sempre. Até porque o melhor namorado do mundo já eu tive! Sim. Namorei com um rapaz de ouro, dedicado, esforçava-se imenso para me compreender, para me dar sempre a mão, para estar comigo em todas as vertentes da minha vida. Mimava-me imenso. E sabem o que aconteceu? Terminei o namoro. Terminei porque, apesar de tanta dedicação, não o amava. Tinha uma paixoneta que foi passando. Custou-me fazê-lo sofrer mas tinha de ser fiel ao que sentia. Se há coisa que me caracteriza, é a lealdade a mim mesma. E assim espero continuar sempre.
Por isso e porque sei que podemos, com esforço, conseguir algo único, continuo a apostar na minha relação. Porque esta relação bélica ensinou-me tanto que, mesmo que amanha tudo acabe, só lhe poderei agradecer.
O João ensinou-me os valores da família. Aproximei-me muito mais da minha mãe desde que namoro com ele. Ensinou-me a não colocar muros em frente a uma pessoa que precisa de mim. Ensinou-me a não ser tão egocêntrica. Ensinou-me a criar laços mais intensos com os outros. Tem prazer em concretizar os meus sonhos e ver-me entusiasmada.
Eu ensinei-o a apreciar as pequenas coisas, ler um livro, ter uma mente mais liberal, não se entregar e magoar tanto, a olhar para fora. Por mim, ele largou as noitadas, a bebida em exagero. Sei que, apesar de muito atrapalhado, se esforça. Esforça-se por mim.
E esta semana, ao coloca-lo entre a espada e a parede, “Ou eu ou a tua mãe. Só uma pode ser a mulher da tua vida, ir à frente e estar do teu lado. Se a escolheres a ela ficamos amigos, numa boa. Mas eu vou para outra paragem”.
Passou uma semana, falamos pouco, deixei-o pensar, não o pressionei e eis que surgiu uma atitude inesperada: “Escolho-te a ti. Estive a falar com um dos meus colegas de casa que é casado, ele fez-me ver muita coisa. Se eu te amo não posso deixar-te infeliz, não posso permitir que invadam a nossa estabilidade mesmo sendo a minha mãe. Ando sempre a queixar-me que sempre tive azar no amor, que fui traído, que só arranjo putas. Agora que arranjei uma princesa, só tenho é que a manter. Se a perder a culpa será minha. Prometo-te que as coisas vão mudar. Sei que não acreditas mas deixa que, com o tempo, vou-te provar. Aqui em França, afastado dessa pressão familiar toda, tenho pensado mais claramente. Quero-te comigo. Ainda vais casar comigo, vais ver! Vais mudar a opinião que tens agora e dentro de 1 ano ou 2 vou conseguir dar-te a volta. Vais vir para cá e vais ser minha mulher. Vais ver”.
 
Excepto a parte do casamento, gostei de ouvir tudo o resto. E tem razão, não acredito nele. Terá de me provar muita coisa antes. Veremos…
O que sei é que não vou abrir mão de um amor que me ensina tanto só porque temos dificuldade em juntar duas educações tão diferentes. A minha mãe sempre me deu asas, nunca me proibiu nada. Os pais do João toda a vida controlaram até a respiração por segundo dos filhos. Nem sei como será aturar gente assim.
Para mim, os únicos motivos para se desistir de um amor sem lutar é a traição, a agressão e o desrespeito. Como, felizmente, ainda não houve nada disso entre nós, vamos continuar.

Vamos esforçar-nos mais, amor. Dedica-te. Não te percas agora. Mantem a base e não te esqueças do que sentes e que sou eu que estou sempre a apoiar-te e a querer que cresças.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Indignada!



Mas porque raio este espectáculo de homem, ainda para mais com barba (ai o que gosto de barbas… ah!), não ganhou o Globo de Ouro?? Fogo, sempre o Cristiano, sempre o futebol.
E o João Pina que anda há 12 anos a ganhar medalhas de ouro? Que é bicampeão europeu de judo? Que já chegou a ficar em 5º lugar no Campeonato do Mundo?
Apoiem quem é talentoso, esforçado e não anda em frente às camaras a mostrar uma nova namorada modelo a cada 3 meses e não profere brilhantes declarações do tipo “As pessoas assobiam-me porque sou jovem, bonito e rico”. Abram os olhos!

Em busca da casa perdida…

Fui pedir habitação á Câmara cá da cidade, uma daquelas casas em bairros sociais. Resposta: “Não dá, é que de momento temos 4 casas apenas para umas centenas de pedidos”.
Fui ver na Santa Casa da Misericórdia. Não têm nada disponível.
Fui ver num lar de idosos que arrenda casas. Só tinham uma disponível e sem condições. A cozinha não tinha armários, era irrisoriamente pequena e tinha a bancada, em madeira, toda apodrecida.
Fomos a todas as imobiliárias existentes na área. Ou eram muito caras ou precisavam de obras. Obras? Não temos orçamento para isso.
Andei pelas ruas a procurar e apontar números. Hoje vimos 4 casas. Umas a precisar obras, outras que só tinham condições mínimas sem grande dignidade, outras com as paredes quase a cair…
Temos mais 2 visitas programadas.
Sinceramente, nunca pensei ser tão difícil arranjar casa!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dos Globos de Ouro

Não, não vou falar de vestidos. É um tema sempre recorrente e fútil.
Vou falar do que realmente deve ser notado:
- Vários premiados na categoria de teatro referiram e bem, a falta de apoio do Estado. Inclusive representantes de grandes companhias alertaram para o facto de, com tantos cortes, terem de passar ao estatuto de grupos amadores. É inadmissível!
- O Jorge Palma estava bêbado ou só tinha snifado cocaína?
- O Ângelo Rodrigues canta tão bem como uma trituradora de lixo. E a letra? Que composição poética…
- Alguém me explica esta obsessão de ser o futebol o desporto Rei? É que o João Pina já merecia um prémio. Mas não. Sempre o futebol… Porra!

domingo, 20 de maio de 2012

Chico Buarque


Já o apreciava enquanto compositor e cantor.
Agora que estou a ler uma obra sua, tenho a dizer que este senhor, além de simples e humilde, é mesmo talentoso.
A história é óptima, profunda. Só fico na dúvida quanto á pontuação. Será dele ou será da escrita brasileira no geral? É que isto de pôr virgulas em todo o lado e poupar nos pontos finais é meio esquisito.

Desculpem a ausência



Mas fui viver.
Reparei que ando há demasiado tempo de olhos fechados.
Sempre fui muito caseira, gosto pouco de bares cheios de fumo e música alta.
Mas esta semana foi a Semana da Juventude cá da cidade e decidi sair, divertir-me, conhecer pessoal.
Foi uma semana de concertos ao ar livre, dj’s e muita alegria.
Reencontrei um antigo colega do 3º ano. Ele garante que não se lembra de estudar comigo. Como tínhamos 9 anos, está perdoado. Mas criamos uma amizade fixe, combinamos um café que acabou por durar 4h e descobri uma pessoa incrível. Abrimo-nos um com o outro como se fossemos amigos de infância. E gostei de saber que ele se tornou num homem forte, com carácter nobre e muito há frente (tem uma namorada bissexual).
É o reinício de uma boa relação.
E o grupo de amigos dele? Só rapazes doidos e divertidíssimos.
Esta semana soube-me mesmo bem.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

E ao quinto dia fez-se luz

Finalmente, o João arranjou 5min de net para me mandar um mail.
Continua sem saldo e pede para que eu tenha calma, que um amigo dele vem dentro de 2 dias a Portugal e carrega-lhe o telemóvel.
Calma??? Eu não quero ter calma. Eu quero é que a mãe dele seja abalroada na linha do comboio. Isto não vai acabar bem…
Ou ele enfrenta a puta da velha de vez ou encomendo um atropelamento e fuga.

O meu sexto sentido bem me avisou

Eu bem que tive um mau feeling acerca do namorado da mammy.
Tudo muito rápido, apresentações logo ao fim de 3 semanas, uma loucura e bla bla bla.
Assim que viu muitos problemas, uma mãe e uma filha prestes a ir para a rua, pisgou-se.
Começou a sentir-se inseguro, confuso, ah que devíamos dar um tempo mas continuamos amigos.
Amigos preocupam-se e telefonam, certo?
O tipo simplesmente desapareceu. Silencio profundo.
Bela merda de pessoa.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Nacionalismos

Detesto gente nacionalista.
Quando frequentei a Universidade, fiz um trabalho sobre os Nacionalismos. Se já os achava ridículos, fiquei com a certeza que só prejudicam.
Para mim, o mundo é um T0 e ponto.
Ontem, vi um senhor a montar uma data de ferros que tinham como finalidade colocar as bandeiras de Portugal e do Município aqui na Câmara da terrinha. Eu agarrei nas bandeiras, coloquei-as no meio das pernas e comecei a ajudar o senhor com os ferros.
De repente, aparece-me um tipo disparado sei lá de onde, a puxar-me as bandeiras enquanto dizia “Sabe o que tem aí??? Sabe o valor disto? E se fosse outra coisa? Também punha no meio das pernas? Se estivesse na tropa iria já presa! Saia daqui que ele monta tudo sozinho, não precisa de ajuda!”
Não o mandei a levar no cu, porque eventualmente me despediriam. Mas fiquei na vontade...
4 dias sem falarmos. Sem saber sequer se estás vivo.
Parabéns, Dona M. Está a fazer um bom trabalho.
Experimente enfiar o seu filho pelo buraco de onde saiu. Talvez lhe dê duplo prazer.

Vamos lá a saber a mentirada toda

Sobre aquele desafio em que tínhamos de dizer 7 factos sobre nós, sendo 3 mentira, venho hoje esclarecer-vos. E digo desde já que a Tete e a M, foram as únicas a acertar em tudo.


1- Amo animais. VERDADE
Sou louca por animais. Se a minha mãe deixasse e tivéssemos dinheiro, viveria numa quinta.


2- Já sofri um acidente de carro. MENTIRA
Felizmente, ainda nunca sofri qualquer tipo de acidente na estrada e espero nunca vir a sofrer.


3- Até à data tive 5 namorados. MENTIRA
Oh minha gente! Então? Pareço-vos uma aventureira amorosa? Sou muito reservada quanto à minha intimidade. Jamais me meteria em relações à toa. Até à data tive 2 namorados, contabilizando o actual.


4- Em 23 anos só fui de férias para a praia 4 vezes. VERDADE
Sou muito branca e não me dou bem com sol, praia e afins. Não é o meu destino de eleição.


5- Já fui empregada doméstica noutro país. VERDADE
Basta lerem o meu blog em Setembro de 211, já que fui empregada no verão passado e contei aqui as minhas peripécias.


6- Aos 20 anos decidi largar a universidade durante 1 semana e ir para Mérida, sem telemóvel nem qualquer meio de comunicação para fugir aos problemas. VERDADE
O meu pai andava a aprontar muito, a minha mãe pressionava-me colossalmente, o meu irmão com cancro… eu estava a sufocar! Surgiu a oportunidade de participar na organização de um colóquio internacional em Mérida e fui. Não levei telemóvel, conheci imensa gente, faltei a 1 exame e tudo, mas vim como nova.


7- Adoro vodka. MENTIRA
Não bebo. Não existe nenhuma questão ideológica por detrás deste facto, simplesmente as bebidas alcoólicas sabem-me todas mal, ou são demasiado doces, ou demasiado… sei lá! Nunca são do meu agrado.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

You just fucking kidding me, right??



Do telefone que tem em casa, o João apenas pode ligar para telefones fixos. Se quiser ligar para telemóveis, tem de ser do seu aparelho pessoal.
Os familiares dele têm cada um o seu telefonezito em casa.
Eu não, tenho um mero telemóvel.
O saldo dele tem de ser carregado cá em Portugal pelos progenitores dele.
O que é que eles fizeram? Carregaram 17€, sabendo que o tarifário iria descontar-lhe 15€. O que sobra para falar comigo?? 2€! Eh maravilha!
Este saldo enorme deu para quê? Para falar uns 8min com o João e ele voltar a ficar incontactável.
Se acho que a puta da velha fez de propósito? Parece-me óbvio.
Vamos ter um homicídio em breve. Vamos, vamos…

100% Crente

No livro de li anteriormente, The Little Budha, de Claus Mikosch, li uma história que representa algo em que acredito muito, cegamente até. A diferença é que o escritor chama-lhe Deus, eu chamo-lhe Destino. É a ele que confio minha vida e rumo.
Queria partilhá-la convosco, resumidamente.

Existia um reino governado pelo seu soberano, alguns ministros e conselheiros.
Mas havia um ministro especifico que era muito amigo do Rei. Tinham uma relação incrível, baseada na amizade e confiança, o que suscitou muita inveja nos outros membros da corte.
Todos queriam acabar com aquela bonita relação.
Um dia, o Rei foi cortar o cabelo e o seu barbeiro, descuidado, cortou-lhe uma orelha.
Rapidamente, foram avisar o Ministro acerca do acidente do Rei. Ao que este responde apenas “Tudo o que Deus faz, faz pelo melhor”.
Os membros da corte ficaram chocados com tamanha resposta e foram a correr, contar ao Rei. Este, ofendido pela despreocupação do amigo, manda-o prender.
No dia seguinte, o Rei decidi visitar o amigo nas masmorras. Pergunta, desdenhando, “Então, falso amigo? Estás a gostar da estadia?”. Ao que o prisioneiro apenas responde “Tudo o que Deus faz, faz pelo melhor”. O Rei ficou irritadíssimo.
Nessa mesma noite, o Rei, que costumava partilhar quarto com o seu amigo Ministro, encontrava-se sozinho nos seus aposentos quando um grupo de locais canibais invadiu o espaço e levou-o para a floresta para o cozinhar. No exacto momento em que ia ser sacrificado, um dos índigenas repara que o Rei não tem uma orelha.
Depressa o soltou e explicam que na cultura deles, só se pode comer um corpo intacto e puro, não marcado e deficiente.
O Rei volta são e salvo para o seu castelo e, de repente, entendeu o que o seu amigo ministro queria dizer. Se não fosse ter ficado sem a orelha, a esta hora estaria morto.
Foi a correr às masmorras e contou o sucedido ao amigo. Ele sorriu. Então o Rei perguntou “Mas e tu? O que vês de bom na tua prisão? Tratei-te mal!”. Ao que o outro apenas afirmou “Se não estivesse aqui, estaria nos teus aposentos e eu tenho um corpo puro. Portanto, teria morrido esta noite.”.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Da distância

O que mais me irrita não é estarmos em países diferentes.
O que me irrita é terem telefonado numa 4f a avisarem que teria de estar a trabalhar numa 6f.
Deixou-nos sem espaço, sem tempo de assimilar.
O que me irrita é no último dia juntos, a mãezinha e irmã dele terem-nos feito a manhã negra.
O que me irrita é ele não ter net e ter ficado sem saldo no telemóvel. E como o sitio em que está alojado só permite chamadas para telefones fixos, pode ligar à família mas não a mim, que só tenho um mísero telemóvel. Sabia que isto ia acontecer! Ficou sem saldo, o carregamento tem de ser efectuado em Portugal e, como não precisam e são venenosos, ninguém lhe carrega o telemóvel só para falar comigo.
Irrita-me que tentemos falar por mail, ele envie um, eu respondo e… silencio. Adormeceu.
Irrita-me estar cheia de problemas, com um pé na rua, a 5 meses de ficar desempregada e não me sentir amparada. Sinto-me solteira e isso não é um bom auspício…

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Quando um pai te diz que quer a parte dele, que quer dinheiro (mesmo não precisando) e que diz literalmente “não tenho nada a ver com isso” quando a filha diz que recebe 250€ e que a mãe está desempregada, não há nada mais a fazer.
Ainda acrescenta que quanto mais tempo passar, menos será a oferta monetária dele pela parte na casa. Chegamos ao fim do processo e ainda lhe devemos dinheiro, não tarda!
Se não estivesse a acontecer comigo, pensaria que é anedota.
E assim é em Portugal, abandonasse o lar com o filho a morrer de cancro, rouba-se durante 18 anos o subsidio de deficiência do filho e ainda se fica com a casa.
Bela justiça portuguesa.
Resta assimilar, aceitar e começar a procurar uma casa velha e barata.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Estilo… clássico?



Para quem disse que certamente o meu cabelo ficaria bem, bonito e que eu era uma exagerada, tenho a alegar que esta manhã, depois de o ter lavado antes de me deitar, acordei assim, estilo Dumas, com os caracóis todos agarrados à parte de cima da cabeça. Senti-me uma peruca mal arranjada do Marquês de Pombal.
E depois de o tentar pentear?? Nem vos conto porque seria uma anedota. Tive de prender a fera com muitos e muitos ganchos.

O mal vence sempre

Os meus pais continuam em processo de partilhas.
Todas as propostas que a minha mãe faz, o outro idiota, meu dador de esperma, recusa. Só pede dinheiro, dinheiro e mais dinheiro. Logo ele, que tem rolos de notas de 500€ para puder usar como papel higiénico.
Faz-me confusão gente assim.
O tipo agrediu psicologicamente a esposa e os filhos durante 18 anos, abandonou o lar por uma amante, deixou o filho a morrer de cancro, arranjou problemas gravíssimos à filha e no fim, diz a advogada da minha mãe que será ele a ganhar por questões monetárias. É injusto!
Ele já tem tecto, nós não. Não acho normal!
Mas eu, Raven Maria, que tenho uma consciência de merda que pesa com muita facilidade (e pensar que há por aí tanta gente que nasceu sem uma), decidi engolir a honra, o amor próprio e orgulho e telefonar-lhe a marcar um café amanhã ao fim da tarde.
Vamos conversar.
Sei que não me adiantará de nada. Sei que uma pessoa tão má nunca cairá do seu pedestal maligno. Mas não custa tentar.
Estou uma pilha de nervos, só tremo.
Vá lá Raven, nada de atirares café a ferver para a cara do senhor, ok?

segunda-feira, 7 de maio de 2012

New look



Ainda está bonitinho do cabeleireiro. Depois de lavado e com espuma deve-me ficar pelas orelhas.

Selo



Jude e a Ritinha passou-me este desafio. Consiste em dizer 7 factos aleatórios sobre mim, sendo que 3 são falsos e vocês, caros leitores, têm de descobrir quais são os falsos.
Ora bem…

1- Amo animais
2- Já sofri um acidente de carro
3- Até à data tive 5 namorados
4- Em 23 anos só fui de férias para a praia 4 vezes
5- Já fui empregada doméstica noutro país
6- Aos 20 anos decidi largar a universidade durante 1 semana e ir para Mérida, sem telemóvel nem qualquer meio de comunicação para fugir aos problemas
7- Adoro vodka

Sim, já sei que vos dificultei a vida! Eheh
Disse uma data de coisas esquisitas mas acreditem que algumas são verdade (4 têm de ser!).
Vá malta! Venham daí os vossos palpites!

Detalhes

Hoje regresso ao trabalho.
Já estava farta de estar entre 4 paredes todos os dias.
Sinto-me bem, com vontade trabalhar. Só não gostei do que a enfermeira me disse hoje “Ah só foi lancetada? O médico não a avisou que agora terá de ser operada?”.
Ain… Deus me ajude.
E hoje, que estou toda feminina e queridinha, decidi imitar o que a S* às vezes faz no blog dela e mostrar-vos alguns detalhes de como estou hoje.


Amo laços.


O colar com o brilhante que o João me ofereceu no meu aniversário.


O colar cor-de-rosa e com um laço também.


Os ténis rosas floridos.

Dizem que são o espelho da alma





E a mim, já me disseram que não sou deste mundo derivado à cor dos meus olhos.
Eles são castanhos, verdes, amarelos e mais sei lá mais quantos tons!
E há coisa de 5 meses atrás, um tipo que (diz ele) tem dons de mediunidade disse-me que olhos amarelos são poderosos e pertencem a pessoas fora deste mundo. Ainda me disse que tinha um olhar incomodativo (o que incrivelmente, os meus amigos concordaram) e que tinha também uma olhar bastante intenso.
Cereja no topo do bolo: como eu nasci de 10 meses (verdade!) e teve de ser provocado porque apesar do mês extra eu continuava numa boa, a barriga da minha mãe nem descaia e ainda fui tirada a ferros, o tipo concluiu que em outra vida em fui uma sacana de primeira e agora não queria nascer para não ter que aturar o karma e corrigir os meus erros.
Fiquei a pensar. Tendo em conta a minha história de vida, eventualmente será verdade e poderei ter sido o Hitler… hum... nice!

domingo, 6 de maio de 2012

Dia da Mãe






Como alguém disse, não é preciso grandes gastamentos de dinheiro para fazermos alguém feliz.
Ofereci uma caneta cor-de-rosa à minha mãe com a inscrição “Mãe Adoro-te”. Custou 2€. E hoje vou levá-la a lanchar.
Simples e bonito.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Recado para a Rita

Rita, mulher, não dá, já tentei e não dá.
O teu blog não me deixa comentar.
Vê o que se passa e se é só comigo.
Carrego nos comentários e fica tudo em branco, a página desaparece.
Os poucos comentários que te consegui fazer até à data, foram conseguidos com vários dias a tentar.

Não és tu, sou eu, querido

8 meses?
8 meses?!?
Não achas que já é uma relação demasiadamente longa?
Esta noite acabo contigo!



Ando há 8 meses a enrolar-te.
Comprei-te naquele belo mês de Agosto numa livraria inglesa em Marbella.
És bom, a sério que sim!
Mas entretive-me com este:


Este menino tem 800 páginas e dá trabalho e pronto. Descurei das minhas obrigações.
Perdoas-me?
Hoje prometo, pelo menos tentar, terminar-te, levar-te à exaustão e acabar contigo com satisfação.

Coincidências

Esta manhã, antes de ir para Lisboa apanhar o avião, o João veio tomar café comigo.
Entramos no carro, ele ligou o rádio e estava a tocar esta música:



Que coincidência!


Entramos num café e… o que estava a tocar?



Além da mensagem óbvia, esta é a nossa música. Aquela. A especial.
Senti-me reconfortada.


“A porta fechou-se contigo
Levaste na noite o meu chão
E agora neste quarto vazio
Não sei que outras sombras virão

E alguam ao longe me diz
Há um perfume que ficou na escada
E na TV o teu canal está aberto
Desenhos de corpos na cama fechada

São um mapa de um passado deserto
Eu sei que houve um tempo em que tu e eu
Fomos dois pássaros loucos
Voamos pelas ruas que fizemos céu
Somos a pele um do outro

Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora

Ainda sei de cor o teu ventre
E o vestido rasgado de encanto
A luz da manhã e o teu corpo por dentro
E a pele na pele de quem se quer tanto
Não tenho mais segredos
Escondi-me nos teus dedos
Somos metades iguais
Mas hoje só hoje
Leva-me para onde vais
Que eu quero dizer-te
Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora

E não desistas de mim
Não te percas agora”

Grandes mulheres e pequenos encostos

A Charlotte, a minha melhor amiga da qual já falei algumas vezes, é licenciada em enfermagem. Como tantos outros jovens, ainda não conseguiu trabalho na sua área.
Cruzou os braços? Anda por aí a chorar?
Não. Começou a fazer bolos e doces e salgados por encomenda. Aproveitou um talento inato, espalhou papelinhos de porta em porta e está a conseguir orientar-se monetariamente.
Uma prima do João, licenciada em química, que casou em Outubro e veio atrás do amor para este fim de mundo sem perspectivas de trabalho, decidiu começar a dar explicações em casa. O marido ganha bastante bem mas ela quis ajudar como soube. Ganha muitíssimo bem por mês.
Admiro estas pessoas. Mesmo desviadas do seu rumo, encontraram forças e levantaram a cabeça.
São heroínas.

Depois, claro, há aqueles espécies rascas que dão má fama à classe feminina.
A irmã do João tem 22 anos, já está casada desde os 20 e quer desesperadamente ser mãe. Tudo para esconder uma juventude triste, sem vida nem amigos. Só sabe estar colada à barra da saia da mãe.
Uma vez disse-me que gostaria de viver em Lisboa. Perguntei-lhe porque não o fazia. Resposta “Porque não preciso, o meu marido ganha bem”.
E por isso assim se mantém, a trabalhar como secretaria na empresa da família em que, porque é família, sentem-se à vontade para só lhe pagar 300€.
Tal facto não lhe faz mossa. Não precisa dos 300€. Tem o marido e a conta bancário do dito cujo.
Também não anda a pé. Mesmo que tenha um supermercado a 15min de casa, não vai se não lhe derem boleia.
Goza com as pessoas gordas. Chamava “pote” á Fanny da Casa dos Segredos. Ora ela é do tamanho da Fanny e mais gorda e atarracada. Ai os telhados de vidro…
O centro de emprego chamou-a para fazer limpezas numa instituição. Disse há família que tinha lá estado 2 semanas e que não se tinha integrado com as colegas. Mas a minha tia que é uma das directoras contou-me a verdade. Ela esteve lá uma manhã e foi-se embora alegando que não estava para lavar o chão. Ela tem o 9ºano. Acha-se importante e com um nível demasiado elevado para fazer limpezas.
Então, Charlotte, como é que tu fazes rissóis?? É uma ofensa para ti enquanto licenciada, não?

Ps: se algum dia atingir este nível de arrogância, baixeza e estupidez e quiser fazer de um homem o meu galho, batam-me. Mas com muita, muita força.

Reles

Ontem fui fazer a ecografia mamária.
Dada a minha herança, é sempre um momento tenso, que me dá algum receio. Por isso, o João foi comigo.
Logo de rajada, a mãezinha dele mandou-lhe a pérola “Então a Raven não tem pés para ir ao hospital? Tens de faltar ao trabalho?”.
1, 2, 3… respira.
Tínhamos acabado de chegar ao hospital e o telefone não parava de tocar. Percebi que algo se passava.
Até que o João, com ar chateado, me diz “Desculpa, amor. Tenho dir senão não se calam. A minha mãe está sem carro e alguém tem dir buscar a minha irmã. Já volto”.
Passo a explicar: a irmã do João é uma dondoca gorda que não dá um passo a pé e trabalha na empresa da família como secretária e todos os dias a mãe a vai buscar e levar. Se não a levarem, recusa-se a ir trabalhar (que são só 25/30min a pé).
O João lá foi, confiante que chegaria a tempo. Mas não foi o que aconteceu. Entrei, fiz o exame sozinha e sai. Quando sai, ele estava à minha espera.
Passei-me! A mãe não queria que ele tirasse folga para ir comigo ao médico mas no fim, a folga serviu para fazer de motorista da irmã.
Ele pediu-me mil desculpas, disse que pensava que conseguia agradar a todos e fazer as duas coisas. Compreendo mas assusta-me. Assusta-me as atitudes desta gentinha. Assusta-me que possam ganhar poder na minha relação. E se isso acontecer, prefiro abrir mão de um amor do que ter um homem que não sabe impor-se e ter os tomates no sitio.
Diz ele que tudo vai mudar, que discutiu com a mãe ao chegar a casa e que eu tenho razão.
Veremos…

Aleatório

Continuo a dormir de pijama polar.
Iniciei uma relação séria com o aquecedor.
Estamos em Maio e é primavera? Sério?
Adoro as minhas meias térmicas.
Cortei o cabelão pelo pescoço, bem curtinho.
Ao quarto dia, fez-se luz e o TDT ressuscitou.
Os meus 7 nódulos cá continuam, de boa saúde. Parece que ainda nenhum se chateou comigo e se vingou. Obrigada.
O João embarca hoje, ás 17h, para França.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Herança

Vi este pedaço de jornal a circular em vários blogs.
Todos falam do enorme amor que o Miguel Esteves Cardoso transparece pela sua esposa. Mas não é só isso. A mim, este texto parece-me o testemunho de alguém resignado com um poderoso carrasco, a tentar acomodar-se à situação de vítima, de assistente da morte, assimilando que nada há a fazer perante tão manipulador adversário.
Acham que o cancro é mau? Que mata muita gente? Experimentem carregá-lo nas veias.
Sim, porque eu tenho-o como herança genética. Há quem receba casas, belas herdades e uma conta choruda da tia-avó velhota que morreu podre de rica. Mas eu não, a mim calhou-me uma herança especial, uma prenda que passa de geração em geração no sangue.
Felizmente, ainda não me aconteceu nada. Mas existem fortes probabilidades de um dia ter uma amarga surpresa.
A minha família pertence a uma área de estudo do IPO, designada de “Famílias de Risco”. Basicamente, consiste em estudar geneticamente famílias que apresentem aspectos estranhos relacionados com cancro. A minha família materna é um assombro nessa área. As irmãs do meu avô já morreram todas de cancro menos uma. E a que está viva teve cancro duas vezes.
Grande parte das sobrinhas do meu avô também já morreram, jovens, da mesma sina.
Os filhos do meu avô? A minha mãe, felizmente, ainda não teve nada. Mas a sua irmã mais velha, minha madrinha, teve cancro da mama o ano passado. Foi operada, recuperou bem, pensávamos até que já estivesse livre de perigo. Mas o mês passado foi ao médico e descobriram-lhe umas manchas suspeitas no fígado. Recomeçará os exames.
Há 2 anos outro tio, irmão mais novo da minha mãe, com apenas 16 anos, teve também cancro. Algo na zona do pescoço. Esse, incrivelmente, salvou-se.
Netos do meu avô? Até à data, só um recebeu a herança. O meu irmão. Tinha 16 quando lhe foi diagnosticado. Morreu aos 18. Cancro ósseo na anca.
E a cereja no topo do bolo: o IPO desconfia que a minha família gerou uma mutação no gene do cancro e que poderemos ter variedades raras e desconhecidas da doença. Só coisas boas!
A minha família paterna também tem dezenas de casos. Também deveria ser estudada. Mas ninguém se preocupada, são demasiado inconscientes e egoístas para tal. O que faz com que, dessa parte, nem saiba bem o tamanho da herança que carrego.
Eu? Não sou obcecada com o tema, como alguns membros da minha família. Mas também não descuro nem sou desleixada. Faço revisões de 6 em 6 meses às mamas e uma vez ao ano faço o rastreio do colo do útero.
Tenho 7 nódulos no peito. Não me aflige. Por vezes sinto que é uma bomba relógio, que qualquer dia me dirão que degeneraram, que terei de passar por tratamentos horríveis. Mas para já, mantenho a calma, faço os exames de bom grado e mantenho-me vigilante e atenta.
Aliás, estou sempre desejosa que chegue o dia do rastreio. Prefiro saber como está tudo. Dá-me uma falsa sensação de controlo.
Amanhã é dia de mamografia. Wish me luck.
O resultado do rastreio do cancro do colo do útero chegou.
Está tudo bem.
Obrigada ao meu anjo da guarda.

Eu, tele-dependente, me confesso

Adoro ler. A sério que sim. Sou uma bibliófila assumida e em recuperação. Mas ler por obrigação, por desespero, porque não existe mais nada a fazer, não tem o mesmo sabor.
Quero a minha televisão de volta, maldito TDT! O bairro todo está sem sinal, a olhar para o tecto. Já há por aqui muita gente a ponderar o suicídio. É bom que resolvam urgentemente o problema.
Terceiro dia sem televisão. Bela merda!
Já se sabia. Coisa nova no nosso país, tinha de dar erro. Palpita-me que ainda acontecerá muito até se tornar totalmente comum e operacional.
Bora lá, terceiro dia a olhar para o tecto.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Conversas #17#

Lá fui fazer o penso e encontrei um enfermeiro diferente, um vizinho meu que ainda nunca me tinha atendido.
E começa-me com uma conversa muita estranha.
 
 
Ele: Ai estás tão grande! Lembro-me de ti em pequena. Não hei-de estar velho!
Eu: Ah mas ainda é novo! Tem o quê? 30 e poucos?
Ele: 41!
Eu: Ah mas está muito bem conservado!
Ele: Então e que fazes agora? Estudas?
Eu: Não. Já estudei. Estive na Universidade a estudar História. Mas por falta de verba fiquei sem terminar o último ano.
Ele: Só te falta o último ano? Então tens de acabar isso! Além do mais, história é complicado, é preciso ter muita cabecinha, inteligência e cultura. Mas não tinhas bolsa?
Eu: Tinha. Mas cortaram-ma no último ano por falta de aproveitamento. É que no meu 3º ano só fiz 2 cadeiras. O meu irmão morreu na época de exames e depois surgiram-me muitas complicações familiares. Mas lá me mantive 1 ano ainda, porque trabalhava.
Ele: Estudavas e trabalhavas?? Tens muito valor. A sério. Acaba o curso. Com essa carinha? És tão gira, depressa arranjas trabalho em alguma câmara.
Eu: Ah obrigada… (já sem jeito) Pois, isto está complicado. E a área de história não é valorizada, não tem saída nenhuma.
Ele: E ires a um concurso? Aquele do elo mais fraco! É bom para ti com essa inteligência. De certeza que vinhas de lá cheia de dinheiro e era uma forma honrada de acabar o curso. Eu inscrevo-te, queres?
Eu: Não, não! Deixe estar. Essa coisa de aparecer não é para mim. Sempre que vejo uma camara fujo logo. Não me sinto muito à vontade com essas coisas, sou muito discreta.
Ele: Cá agora! Vais ao concurso sim! Tenho um pressentimento! Olha, acreditas no destino? Hoje é feriado, eu não era para estar aqui. Tu já andas a fazer penso há 1 semana e nunca me viste nesta sala, pois não? Eu trabalho noutra ala. Hoje surgiu um imprevisto e tive de vir substituir uma colega que chega agora, dentro de 10min. Por isso é um sinal, tínhamos de nos encontrar e eu tinha de ter esta conversa contigo. Pensa em tudo o que te disse e vai ao concurso sim! Quero-te ver na televisão.

Ps: Confesso que fiquei a pensar na conversa… Não na parte de ir a um concurso, obviamente. Mas no episódio em si. Gosto de coisas espontâneas e únicas. Esta vai-me ficar na memória.