segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Grata


E hoje lembrei-me que fazem exactamente 2 anos que terminou a minha relação com o João. Três anos de relação e uma data de casamento marcada.
E recordei-me disto com um sorriso no rosto. Espontaneo. Porque consigo reconhecer a extrema importancia que ele teve na minha vida, na pessoa em que me tornei e sou-lhe grata por tudo o que passamos, por todas as coisas menos boas que nos fizeram crescer. Independentemente de todo o caos, ainda nunca ninguem me mudou tanto e me tornou melhor pessoa. Acho que ele é a pessoa mais marcante da minha vida. Sim... é mesmo.
E hoje poderia sentar-me á sua frente, tomar um café com ele, dar-lhe um abraço e dizer "Obrigado e perdão!".

PS: Querido João, sei que continuas agarrado a nós, a falar sobre mim, a procurar-me em vários locais. Mas só espero de coração que que encontres alguém. Quero que levantes os olhos, a cabeça e procures em teu redor. Nós fomos a história mais importante da minha vida. Mas acabou. E da mesma forma que sou grata por a ter vivido, sou-o ainda mais por ter terminado. Nunca seriamos felizes. Fomos uma fase, um ciclo com um proposito maior. Sê feliz!

4 meses

Vivo em Lisboa há 4 meses. Como é possivel ter passado tão pouco tempo se eu sinto que estou aqui há séculos?!?
Continuo sem gostar disto. Isso é o mais assustador. O que tentei crer que seria uma fase, não me parece que o seja.
Não gosto disto, perdi a minha qualidade de vida. Poluição, prédios abandonados, stress, ruído, montes de gente em quem tropeçar, claustrofóbico. Acordo às 6.20h para ir trabalhar, saiu de lá directo para as aulas, nem consigo comer e das aulas até casa, quando ou por mim são 22h e também não janto porque só me apetece silencio e cama.
Que saudades de amigos, sossego, gargalhadas, espaços familiares. Tempo para respirar! Tempo é luxo e felicidade.
Qualquer dia nem reconheço o Eros de tão pouco que o vejo! E é triste. O amor fica para trás entre o Metro e as gentes.
Claro que agradeço ao Universo todos os dias pelo emprego maravilhoso que arranjei, pelas boas notas que tenho. Mas falta-me o essencial. Pessoas. As minhas pessoas. E tempo. Tempo para mim, para o Eros, para ler um livro. Para ver estrelas!
Cidade infernal!

domingo, 24 de janeiro de 2016

Última semana de Janeiro:



- Tirar uma tarde inteira, pedir para sair mais cedo do trabalho, para esperar pela dignissima EDP para activarem a luz na nova casa.
- Última avaliação do semestre (todas as outras disciplinas feitas)
- Mudar-me
- Ir buscar o novo gato 200km mais acima
- Fazer mais 100km para ir conhecer a noiva de um amigo que faz questão que nos apresentemos
- Ajudar uma amiga nas mudanças
- Estar presente numa feira de 3 dias da minha associação
- Comprar uns móveis que faltam para a casa nova

Cereja no topo do bolo:
- brigar com duas pessoas muito importantes porque não compreendem que eu quero coisas diferentes na vida, ainda que lhes seja grata por tudo o que já fizeram por mim e ficar-me a sentir a pior pessoa do mundo ainda que sabendo que não fiz nada de mal.

The Notebook: a realidade nada cor de rosa

Todas as mulheres adoram o filme "Diário da Nossa Paixão". Todas acham aquele amor desencontrado entre duas pessoas vindas de mundos opostos a coisa mais linda de sempre. O poder do verdadeiro amor, dizem alguns. Mas e a verdade? Quão difícil é ouvir uma coisa destas?


"Tudo pelo amor!". Tretas! Eu sempre achei e mantenho-me firme na opinião de que o amor é 40% numa relação. Os outros 60% são os verdadeiros pilares, como confiança, amizade, respeito. Porque amores há muitos, de vários tipos, até doentios e violentos.
Neste momento estou a viver este filme. E se no ecrã me pareceu amoroso, vejo agora o difícil que é ter uma pessoa completamente oposta a ti a dizer isto, "Nunca será fácil, vai doer, magoamo-nos porque somos opostos mas vai valer a pena porque não duvido que te quero". Bonito? Diria duro.
Ele acha que o amor deve prevalecer sobre toda a dor, toda a mágoa. Afastamo-nos, atacamo-nos incansavelmente durante 1 semana, fomos desagradáveis, prometemos nunca mais olhar para a cara um do outro e à mínima casualidade do Destino, esbarramo-nos e acabo com ele a chorar com voz de menino, a dizer "Sei que não sou fácil, que expludo mas é tudo porque não te quero perder e não me sei expressar nunca da melhor forma. E eu prefiro estar aqui a humilhar-me, a chorar, a dizer que te adoro do que perder-te por orgulho".
Tenho um tipo com 1.90m que explode fácil, acha que gritar alivia, deixa-me doida (detesto gente com necessidade de gritar, acho que transmite violencia a mais) mas que quando eu eu digo BASTA e saiu porta fora, vem a correr abraçar-me e diz "Entende-me! Não sou como tu, não consigo simplesmente falar. Eu preciso gritar que estou mal. Sou assim! Mas grito porque extravaso assim e significa que me importo. Significa também que te quero do meu lado". Este homem é do tipo que sente ciúmes, atira-me birrinhas à cara e quando desligamos o telenovela chateados e eu só digo adeus, em 5min volta a ligar, ainda magoado mas já com voz doce, para dizer "porque é que ao desligares não disseste adoro-te?". É um meninão grande com bom coração mas com tanta revolta. Com um passado duro, de colégios internos militares desde tão criança, desde que o pai se suicidou e ficou perdido. É tão crente, conversa todas as noites com Deus mas aquela revolta latente... vem sempre ao de cima! E eu vou tentando entender, compreender, falar... e às vezes resulta, outras não. Resulta quando eu ignoro as birras e as frases mal ditas para ver se me sinto atingida e passado 20min já está tudo bem, dá-lhe forte mas passa rápido. Agora também eu me sinto realmente atingida às vezes. E dói.
Mas há sempre aquele ar, aquele olhar e lá vem ele com o cabelo despenteado, dizer quando discutimos "Deixa-me estar chateado mas eu adoro-te na mesma".



Tanto que já nos dissemos num mês...
Eu, trabalhadora estudante, a viver do meu suor a vários anos, vinda do interior do país. Ele, menino rico, que vive das heranças.
Eu, sempre a falar baixo, calma, observadora.
Ele, sempre a gritar, a explodir, a indignar-se com o mundo.
Em comum? Só o amor pelos animais e pela espiritualidade.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Em modo:

                                                                        A preparar a mudança de casa

                                                                Merda do semestre que nunca mais acaba!

                                                                                   Situações dificeis...

                                                        A preparar-me para ser FAT de 5 pestinhas amorosos

        Em negocioções e sérias conversas com o Eros, a dar tudo por tudo, a propôr até subornos em latinhas gourmet, para ver se ele aceita a minha decisao de adotar outro gato (o qual já adoptei, já dei a cara, a palavra, a garantia e a honra e vou sábado buscá-lo ao Norte do país)

Assim que possivel, volto ao blog cheia de novidades. Para já, o tempo foge e o cansaço é grande,

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Difícil...








1.38h...
Às 6.30h tenho de estar a despachar-me para ir trabalhar e as 18h tenho exame...
Nível de estudo... a começar agora. Talvez.

sábado, 2 de janeiro de 2016

2016 e a irracionalidade

Basicamente tomei uma decisão: viver em Lisboa irrita-me mas não quero desistir do curso, logo... posso só mudar a área de residencia. Vou viver para a zona saloia, como se diz por aqui. Decidi ir viver para uma zona rural, um bocado lixada a nível de transportes é certo mas com mais qualidade de vida. Vou pagar por uma moradia T2 com quintal e churrasqueira menos do que pago actualmente por um quarto numa casa para 3 pessoas. Estou disposta a fazer o sacrifício de acordar mais cedo e ter menos transportes para poder viver sozinha e tranquila.
Mudo-me em duas semanas. E no quintal vou ter animais da minha associação, aqueles que são adoptados mas precisam ser ensinados a andar à trela e socializarem.
Adoptei também um gato. Decidi arriscar o mau feitio do Eros. Vou buscá-lo assim que possa. Encontrei-o numa página de Facebook dedicada a ele, vive nas ruas e é um doce.
Portanto...
- casa nova e viver sozinha... check!
- gato novo... check!
- viver no campo... check!
- vida amorosa... check?...

Terminei 2015 de forma meio irracional... basicamente tive de meter o meu chefe no sitio à séria, depois dele me mandar uma sms no trabalho a dizer que eu tinha um belo rabo; morreu a mãe de uma grande amiga dia 30; passei a passagem de ano com o meu senhorio e actual apaixonado com direito a pedido de namoro à meia-noite.
Sobre esta última parte... deixem-me digeri-la e prometo que vos conto todas as novidades. O meu senhorio tem 27 anos, vive numa quinta linda, é cheio de dinheiro e, como regra geral isso implica, mimado. Encantou-se por mim desde a primeira vez que me viu, dedicou-se logo a conquistar-me mas algo não está bem. Gosto dele mas conhecemo-nos à pouco tempo. Eu sou tranquila, ele é um tornado. Gosto de coisas calmas e que se constroem, ele quer tudo para ontem. Cedi, dei-lhe uma chance, estive 3 dias "a viver" na quinta dele, passamos a passagem de ano juntos e a sós, muita cumplicidade, sexo e partilha. Mas... namoro? Compromisso?
E aconteceram umas coisinhas hoje que me fizeram ver que, definitivamente, ir com calma faz toda a diferença.
Ter um homem impulsivo e explosivo de repente, nas mãos, é lixado. Temos os mesmos gostos e interesses, a espiritualidade, musica, pensamentos mas... as reacções são tão opostas. Eu sou tão calma e ele é tão revolta, tão conflito. Ele aposta tudo numa relação, dá-se totalmente, entrega-se de cabeça e cada vez que lhe explico que devemos ir com calma ele acha que eu estou a desistir de tudo, que não sinto nada por ele. É de extremos, 8 ou 80, intenso. Rastilho curto e pólvora acumulada. É daqueles homens que entra na vida de uma mulher para a virar do avesso e espalhar o caos.
Não sei se estou interessada nisso.