segunda-feira, 20 de novembro de 2017

E livrai-nos do mal (amado), Amén!

Vi este segredo no famoso blog Shiuuuu:


E só me fez ter ainda mais a certeza que como sou grata por não ser carente.
Claro que todos gostamos de sentir borboletas no estomago! Eu também adorava ter um barbudo aqui no sofá à minha espera no fim de cada dia para muitos beijos intensos, sexo até de manhã ou simplesmente e nada mais saboroso que isto: concinha no sofá com filmes e pipocas. Fazer planos a dois, ir de viagem, partilhar uma amizade com uma forte atração entre corpos... às vezes sinto falta disso. Mas acima de tudo nunca quis alguém mais ou menos ou que fosse só a atração sem a amizade intima.
Quando sinto falta de alguém, sinto-o por bons motivos. Sinto-o porque acho que estar apaixonada tem como cereja no topo do bolo partilhar certas coisas nos braços certos e poder dormir num beijo seguro. Ter alguém que não me queria como o quero está fora de questão. Ter alguém que me queira às vezes, ou só para sexo, ou só para preencher a agenda está fora de questão. Por isso não entendo este tipo de segredos e sinto-me sempre triste quando vejo estes exemplos. Lembro-me sempre de algumas amigas proximas que fazem isto consigo mesmas.
Aos 28 anos e depois de algumas experiencias duras, atrevo-me a dizer que sinto que atingi uma boa maturidade emocional e afectiva e que me sinto preparada para ter alguem a sério, com respeito e importancia. Mas claro... não depende so de mim e não aceito quem não esteja na mesma onda.

sábado, 11 de novembro de 2017

Das voltas que a Vida dá

Quis ser Assistente Social para tornar o mundo melhor. O mundo talvez não, pois há gente muito mais poderosa por cima mas pelo menos mudar algumas vidas para melhor. Mudar vidas em risco, como por exemplo os sem abrigo, os refugiados, os migrantes, pessoas que só precisam de uma chance para ter coisas que a maioria de nós considera básicas e toma como garantidas.
Mas depressa percebi que pelo menos em contexto de estágio, numa capital onde tudo é rapido e pura concorrencia, tal não será possivel.
Deparo-me assim, após muita procura, stress, sem ver a luz ao fundo do tunel com aquele que parece o estágio perfeito, por motivos bem práticos:


O local está perto do meu emprego, os horários de atendimento encaixam na perfeição na minha agenda, o ambiente é bom, todos são receptivos.
Confesso que ainda que respeite muitissimo, sobretudo, as pessoas transexuais, nunca me imaginei a estagiar neste campo. Acredito que passam por muito, que o preconceito numa sociedade católica pese mas sempre me imaginei a fazer algo diferente. Ás vezes creio que escolhi o mais facil de conjugar uma vez que sou trabalhadora estudante e acrescentar o estágio à equação torna tudo muito dificil e já o ano passado não consegui conciliar tudo, num estagio que quis muito e que tornou impossivel de conciliar. Claro que o estágio, por mais que fosse a área que tanto queria, migrantes, ao ser numa entidade católica vi muitas coisas que não gostei nem apoio. E após muita pesquisa pude entender que no nosso Portugal pequeno, só quem ajuda migrantes e refugiados são entidades cristãs. Assim sendo, tornou-se claro para mim que essa área de estágio estaria fora de cogitação. Descobri depois esta área na figura de uma associaçao que além de lutar pelos direitos LGBT, está a crescer no que toca a recepção de refugiados sexuais (pessoas que fogem dos seus países de origem porque lá ser gay tem pena de morte). Este último facto cativou-me e, quem sabe, através desta intervenção, não conheço um mundo incrivel, multicultural, onde desenvolverei igualmente competencias burocráticas aplicaveis a outras áreas?
Bom... que venha daí o ultimo ano de licenciatura, com este estágio que nunca pensei fazer e ver como corre.