terça-feira, 28 de maio de 2013

Orgulho e sangue




A minha bisavó paterna era espanhola.
Aprendi a falar espanhol antes do português, logo é a minha língua mãe acima do nosso vernáculo.
Visto cores alegres, gosto do “espampanante” espanhol, tenho uma mente e princípios muito espanhóis, adoro Espanha, acho-a mais variada e bonita que Portugal, adoro o flamenco e deliro com a guitarra espanhola (e que seca que me parece o fado), enfim… bem que me poderiam dar a dupla nacionalidade.
Ah e que bem que sabe quando um Hermano me diz “Vive em Madrid? Tem um espanhol tão bom, correcto. Vive na capital, confesse lá”.
Orgulho do ADN espanhol.

Alcoviteirices



Acho estranho quando sou a única a comentar determinado blog.
A pessoa pode ter 300 seguidores que, muitas vezes, sou apenas eu a comentar.
Sinto-me como a alcoviteira que dá palpites de tudo, sem mais.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

E cai o mundo



Lembram-se de vos contar que a minha melhor amiga tinha um pequeno tumor na cabeça, associado a um sem fim de sintomas que indicavam algo mais grave?
Finalmente, tivemos um resultado. E não dos mais fáceis.
Ela tem um tumor endócrino pancreático. Ou seja, é uma espécie de tumor que mexe com tudo o que seja hormonal, tendo até à data, um pequeno adenoma na hipófise, um tumor no pâncreas e 2 nódulos na tiróide. Ainda não sabemos se estes 2 são tumor e se o tumor do pâncreas é benigno ou maligno, mas sendo a pior hipótese, raramente tem cura, o pâncreas é uma zona demasiado sensível e que raramente reage a tratamentos.
Nem consigo imaginar o que ela estará a sentir, com meros 24 anos, acabadinha de se juntar e a terra a fugir-lhe dos pés.
Para melhorar o cenário, devido a colocar tantas baixas, este mês não lhe renovaram o contrato. Agora passa os dias sozinha em casa a pensar na doença.
Sinto-me impotente, nem sei que diga ou faça. É uma incerteza que dói.

Aconteça o que acontecer, ficaremos as 4 juntas, meu doce. Não te deixaremos cair.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Um passo evolutivo




O parlamento aprovou hoje, na generalidade, um projeto de lei do PS para que os homossexuais possam co-adotar os filhos adotivos ou biológicos da pessoa com quem estão casados ou com quem vivem em união de facto.



Parabéns, Portugal!

He vuelto



Hola, guapos y guapas!
Cheguei no domingo a Portugal vinda da minha maravilhosa estadia por Mérida.
Já tinha participado na organização de um outro congresso por terras emeritenses em 2009, mas este foi maior e mais caótico. Também o grupo de trabalho era totalmente diferente. Se em 2009 era um grupo mais homogéneo, de gente acima dos 30, calma, que utilizava os serões para conversar e dormir, este grupo era muito jovem, ruidoso, borguista.
A média de horas de sono por noite rondava entre 1h a 4h. Os dias eram, portanto, custosos, longos e difíceis. Cheguei mesmo a adormecer em plena primeira fila. Peço desde já desculpa aos conferencistas… ups!
Passei fomeca, mas já estava a contar com isso. A mania que esta gente em de viver à base de Tapas… Eu gosto lá de presuntos e chouriços e queijos! Bah!
O meu ego veio de Espanha bem afagado pelo interesse de 4 rapagotes. Quem não gosta de se sentir desejada/o? Mas um deles deixou-me nervosa. Se por um lado haviam 3 moços malandros e desejosos de uma noite louca, por outro havia um rapaz incrível que tinha conhecido já em 2009, que se via claramente que estava apaixonado por mim, tratando-me com todo o respeito e carinho do mundo. Não me sinto muito à vontade de ter corações de terceiros nas mãos. Mas enfim… Quando nos despedimos, a tristeza nos seus olhos matou-me. Palpita-me que em breve receberei visitas espanholas neste meu Alentejo. Ainda para mais, depois dele ser bem claro e me dizer, olhos nos olhos, o quanto se tinha apaixonado e a falta que eu lhe faria.
Porque não mandamos no nosso coração? Um homem destes é tudo o que uma mulher quer, mimoso, dedicado, intelectualíssimo, divertido, sem medo de fazer figuras a dançar, o palhaço do grupo. E a mim não me cativa minimamente. Bolas! Fica o carinho e admiração pelo ser humano que é, mas só. Que venha uma forte e boa amizade.
E para que saibam que nem tudo é um mar de rosas, fui vitima de bulling! Sofri um movimento nacionalista espanhol! Acorda uma pessoa as 7h da matina para tomar banho e não consegue sair do quarto. Barricaram-me com um muro de bancos empilhados e um bilhete a dizer “Welcome to Portugal, Congressum Populesque”. Só uma pessoa do grupo entende latim, foi fácil encontrar o criminoso. Após este golpe, seguiram-se dias de ameaça mútua sobre certas partidas… ainda tentei que alguns rapazes ficassem sem cuecas para toda a semana, mas falhei.
Como vêm, gerou-se um óptimo clima entre 28 pessoas que jamais se haviam visto. Andamos agora todos animados e saudosistas, a partilhar fotos no face que nem doidos. E há com cada uma…! É por este sentimento de diversão e inclusão (que conhecer tanta gente mochileira e que adora viagens países fora afaga a alma) que adoro conhecer pessoas.
Cada vez tenho menos dúvidas sobre seguir um caminho menos comum e mais aventureiro.