Eu acredito nisto e
estou a fazê-lo:
Mas… era preciso tanto
tempo assim para mudar de direcção?!?
É que não sei se será possível
sequer eu aguentar.
Resumindo: na minha
entrevista de emprego disseram-me que seria empregada de mesa. De mesa! E hoje
a chefe elevou-me o tom de voz, stressada, porque me mandou para a cozinha e eu
não sei fazer pratos. Mas está tudo drogado ou quê? Eu sou lá agora cozinheira!
Ao que parece (que agora
que já há contrato a converseta é outra), no estabelecimento dela, ela quer que
todos façam de tudo: servir, lavar sanitas e cozinhar.
Depois do stress e
vendo a minha sempre expressiva cara e olhar à “el matador”, lá me veio pedir
desculpas pelo exagero no tom de voz, deixar claro que não é nada pessoal mas
que tem certas exigências que quer mesmo ver cumpridas, que quer isto e aquilo
e o Mundo.
A seguir aproveitou o
balanço e foi estúpida com mais 3 colegas, incluindo a gerente. Estávamos os 4
capazes de a esventrar!
Ora se ela entra em pânico
porque eu não fiz 2 bitoques numa tarde para lá de calma naquele sitio, o que
fará quando vier o verão que todos dizem que é o Apocalipse, que não há mãos a
medir, que não há onde colocar loiça suja, que não há tempo para a lavar e que é
tudo aos gritos e clientes furiosos?!?
Agora sim, começo a
acreditar nas colegas que me dizem “Não vais aguentar o verão cá. Não imaginas
como fica o trabalho e o ambiente”.
Eu estou a tentar não
me despedir porque as gorjetas dão-me muito, muito jeito para juntar dinheiro
para a minha nova vida em Lisboa (se a sorte assim me sorrir) mas começo a
achar muito difícil não perder a cabeça, desbocada e impulsiva como sou.
Chega depressa, exame
nacional. Cheguem depressa, colocações. Vem, Setembro!