domingo, 26 de abril de 2015

Novidades



E na minha folga lá fui até ao ISCTE.
O que ia fazer, a inscrição nos exames para maiores de 23, ficou sem efeito mas foi bom ir até lá na mesma, sempre vim mais e melhor informada.
Ao que parece não é legal fazer os exames nacionais e os maiores de 23. Ou uma coisa ou outra. O maiores de 23 é para quem não tem outro meio de entrar, o candidato nem pode ter nenhum exame nacional válido. Ora eu já me inscrevi nos deste ano. Portanto, fui só dar uma vista de olhos na Capital, no ISCTE, manter o sonho vivo e agora resta estudar para os exames nacionais.
Vou fazer o exame de português e estou confiante, confesso. Estou muito esquecida da matéria mas creio que no fundo, o meu estudo irá resumir-se a recordar. Ainda assim, e tendo medo de estar a ser auto confiante demais, contratei uma explicadora. Começo amanhã. Irei ter explicações 2h por dia, 4 dias por semana. Aliás, 4 noites, que é o que este emprego de horror me permite.
Agora resta riscar os dias do calendário, como uma prisioneira, rezar para que os meses passem depressa para que tudo aconteça: o exame, a nota final, pedir o empréstimo estudante, ficar colocada e… despedir-me! Não vejo a hora de me despedir! Diz a secretária do ISCTE que sou uma mulher de fibra. Assim a Vida a oiça!
Sobre o empréstimo… sim, decidi pedir um. O meu pai fica como fiador e temos o tal super apartamento à venda e, verdade seja dita e abençoada, interessados não têm faltado. Só me deixa nervosa o facto de só poder pedir o dito em julho, quando puder provar que realmente me candidatei à Universidade. Até lá, tudo me deixa em pânico, tudo é uma incógnita. E se tenho boas notas e não me dão o empréstimo? A maioria diz-me que o empréstimo estudante, pelo seu cariz diferente, é sempre dado. Outros dizem-me que os tempos são outros e os Bancos estão mais cautelosos. Eu continuo em pânico!

Outra novidade! Este fim-de-semana organizei um banco alimentar animal cá na cidade. Foi a minha primeira tarefa como membro directivo. Foi tão cansativo. Ia para o local logo de manhã orientar os voluntários, depois ia trabalhar, depois voltava pra ver como estava a correr tudo na minha hora de almoço, regressava depois ao trabalho e ao fim do dia ia a correr novamente para a campanha para transportar os donativos. Só quero a minha cama! Mas confesso que podiam haver mais campanhas. Todos os dias. E nem é pelos animais, é mesmo por mim que, odiando o meu emprego neste momento, só o meu cargo de directora nesta causa me preenche. 

 Visita ao Centro Budista Kadampa em Sintra

 Os primeiros do ano em Moscavide

 A Campanha

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Como perder a força em 1min



Basta ligar à minha Mãe.
Nunca vi pessoa mais mesquinha, pequena e negativa.
Já não lhe ligava há umas semanas e hoje, ao sair do trabalho, vi várias montras alusivas ao dia da Mãe e decidi ligar-lhe, dar-lhe o beneficio da dúvida (outra vez…) e partilhar com ela as novas decisões para o meu futuro.
Como sempre, terminamos a discutir durante 1h, em que ela transformou as minhas noticias numa disputa com o meu pai. Só se preocupava em saber se o meu pai já sabia das novidades primeiro que ela e há quanto tempo, queria saber se lhe ligo e a ela não e acabou a dizer que vou falir, que vai correr tudo mal e por aí vai…
E continua com o mesmo discurso de merda “Ainda bem que tens dinheiro. Já eu… nem sei se este mês consigo pagar a luz”. E quando lhe sugiro que trabalhe: “O rendimento mínimo chega-me, não peço nada a ninguém, não têm nada a ver com a minha vida”.
É tão triste ser assim e ter uma mãe assim.
O pior, é que sempre que falo com ela, parece que me pega os medos todos. Estupor! Amanhã vou ao ISCTE inscrever-me e eu, que estava super entusiasmada, só consigo sentir-me mal, deprimida e acreditar que afinal estou a ser auto-confiante demais e vai correr tudo mal, que o meu ego está a falar mais alto e afinal estou-me a meter num buraco sem futuro, enfim! Maldita mãe!

Porque vejo a novela Império?







Além do charmoso Comendador e a maluca da Cora.


terça-feira, 21 de abril de 2015

Coincidencia?



Hoje vi 10min de telejornal.
E vi, de seguida, duas noticias interessantes.
A primeira, sobre uma professora que foi suspensa devido a um alegado envolvimento com um aluno, menor, em que o seu advogado proferiu a seguinte frase: “Não está nada comprovado, a Escola precipitou-se. O aluno apenas desenvolveu sentimentos pela professora, algo normalíssimo nestas idades não tendo havido nenhum avanço de ambas as partes. Com esta suspensão até o próprio aluno estará desestabilizado e confuso, até porque não fez nada de mal, tem apenas sentimentos, e que são de orientação normal, ou seja, por uma mulher”. Juro que ele disse isto, o “ou seja” e tudo.
Logo a seguir a noticia de que Portugal é o 4º país da Europa com maior taxa de abandono escolar.
Realmente, nos últimos anos tenho conhecido muita gente da minha idade que nem o 9º ano tem. Alias, todas as minhas colegas de trabalho têm o 9º ano apenas (e rondam todas os 30 anos) e tenho uma colega de 19 anos que se ficou pelo 8º, alegando preguiça de estudar. A minha ex cunhada, que tem a minha idade tem o 7º ano. E na cidade em que a minha mãe vive, a Camara tem um programa de ocupação jovem em que, sem obrigação de nenhum tipo de escolaridade mínima, os jovens passam 10 meses sentados numa qualquer igreja ou biblioteca a fazer rigorosamente nada e ganham 250€. Depois acaba-se o projecto, ficam 2 ou 3 meses fora e voltam. E assim os jovens daquela cidade têm 30, 40 anos e continuam a viver pendurados dos pais e a gastar os 250€ na noite. Vergonhoso!
E este é o país que temos! Jovens analfabetos e advogados que dizem que só os héteros são normais.

domingo, 19 de abril de 2015

You know…



… I’m try… but I’m don´t be afraid.
Notei que os comentários aqui no blog seguem sempre a mesma linha. Voces realmente acreditam que eu sou forte, conhecem-me e constroem uma imagem após lerem todas as peripécias pelas quais já passei, têm uma ideia muito unanime sobre quem será Raven.
E a imagem que vocês têm de mim é igual à que os meus amigos têm. Isso é bom.
É interessante ver que tantos conhecidos e desconhecidos me incentivam a arriscar como sempre. E eu estava esquecida desta palavra, “sempre”. Eu arrisco sempre, eu armo-me em louca inconsequente sempre e sai sempre tudo bem no final.
Portanto, com ou sem bolsas e dinheiro, quinta-feira vou-me inscrever presencialmente em duas universidades, uma em Lisboa, outra no Alentejo, para os maiores de 23. Porque percebi que, das duas uma: ou não terei mesmo dinheiro para estudar ou se tiver, vou ter bastante portanto, para quê ficar no Alentejo se posso ir para Lisboa e mudar novamente de vida? Quem me conhece sabe que tenho horror a estabilidade e adoro recomeçar só porque sim.
Capital, estou de olhos e sonhos postos em ti! Vamos a isso!