quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Em caso de dúvida, consulte a Vida


Sendo espiritual, às vezes questiono-me. Ás vezes acho que sou só doida e perco a fé. Ás vezes sinto as coisas, às vezes desconheço-as.
No entanto, se mais alguma vez duvidar da Lei da Atração, batam-me sff.
Resumindo as últimas semanas: andei até à última para pedir o empréstimo estudante porque não tinha a certeza se afinal queria estudar. Viver em Lisboa estava a ser demasiado stressante e terrivel. Chorava com frequencia, faltava às aulas, sentia-me deprimida. Os meus amigos já não sabiam que mais dizer-me nem fazer. A preocupação comigo era geral. Todos afirmavam que nunca me tinham visto assim. Questionei-me. Questionei tudo. Afirmei a muitos e muitas vezes que me queria ir embora, desistir. Disse bem forte "Não quero viver aqui. Não quero isto para mim". E que fez a Vida? Colaborou, claro. Negaram-me o empréstimo e acabaram-se as minhas economias.
Fiquei bem aflita! Depositei o último dinheiro que tinha guardado, aquele destinado a comprar um carrito modesto quando tirasse a carta e senti-me muito mal. Comecei a imaginar-me a voltar à terrinha, a viver com a mãe. Entrei em pânico. E finamente, mexi-me. Fiz algo. Movimentei-me! Comecei a ter outra postura e tomei a decisão de que a minha vida agora é cá e vai continuar a sê-lo. Não que as dúvidas tenham acabado mas... melhor isto que a terrinha. E sinceramente, se agora não prosseguir os estudos, faço o quê? Não consigo agora achar outro propósito.
Comecei a emanar outra energia, a tomar decisões, a correr atrás. Enviei dezenas de curriculos e em 1 semana tive 6 entrevistas de emprego. Fui selecionada para 4. Escolhi aquela em que pagavam mais. Contrariamente ao que tinha pensado, escolhi um emprego a tempo inteiro. É verdade que só procurava um part time e tenho medo de não conseguir conciliar os estudos mas o ordenado é bem acima da média e fiquei muito tentada. Este ordenado vai-me permitir viver bem na Capital, sem ajudas, desafogada. Além de que as aulas terminam dentro de 3 semanas e aí já vou poder respirar. Começo terça-feira e calculo que estas 3 semanas finais, onde todos os trabalhos e frequencias se juntam, serão horrendas e esgotadoras mas é apenas um pequeno grande esforço momentâneo. Depois as aulas só retornam em fevereiro e aí, cabe-me ser organizada e ir estudando um pouco todas as noites.
No mesmo dia em que fiquei com este emprego, 1h depois um outro banco aprovou o meu empréstimo.
Portanto, estou oficialmente tranquila.



Despachada!

As prendas de natal e aniversário da afilhada já estão despachadas.



terça-feira, 17 de novembro de 2015

E ainda a minha mãe se ofende quando eu digo que os amigos são o melhor da vida...

1h.
Toca o telemóvel. Era uma amiga da anterior cidade.
Estranhei.
Atendo e oiço, "Onde estás, caralho? Vim a uma formação do meu emprego e quero ir beber um copo e ver-te. Onde vives que eu vou-te buscar?".
No modo "coçar a micose" em que tenho estado nos últimos 2 dias, depressa comecei a balbuciar algo sobre ter de estudar, estar em pijama...
Mas ela não me deixou nem terminar o meu delírio!
Em 10min estava à porta da minha casa.
Vesti-me à pressa, maquilhei-me e lá fui eu!
São 3.17h e já estou em casa. Foi só mesmo um bocadinho, que amanhã madruga-se. Mas este bocadinho soube a muito. Pude dançar, ver gente e rir muito. Fomos a um bar onde um grupo de jovens talentosos estava a angariar dinheiro para gravar um filme. E eles cantavam, dançavam...! E bem! Se há coisa que me inspira é o talento.
Agora estou demasiado desperta para dormir, demasiado contente para ir estudar.

                                                                                      Em Santos

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Diário de Bordo

- Acabou-se o dinheiro. Vou ter de ir amanhã depositar as minhas poupanças de quando trabalhei em Madrid que permaneciam imaculadas, aguardando algo importante. Realmente importante. Não como viver numa cidade caótica. Mas enfim... lá se vão os meus sonhos.
- No sábado fui ao Lisbon Yoga Festival. Conheci um professor espiritual, que no seu sotaque britanico charmoso me contou as suas aprendizagens na India. Só aumentou ainda mais em mim a vontade de seguir esse caminho.
- Sábado recebi a visita de um amigo de longa data e fomos tomar um chá a uma casa árabe durante a noite. Até estava a correr bem até ele me tentar beijar. Outra vez. Começa a ser desagradavel esta insistencia. Em 6 anos de amizade, é a 4x que ele se declara. Já não sei que mais lhe dizer. A continuar assim, ainda nos iremos chatear.
- Passei o domingo e hoje na cama. A ver séries ou a dormir. Dizem os amigos preocupados que devo consultar um médico, que isto se chama depressão e que nunca me viram assim. Não digo que não tenham razão mas eu prefiro manter-me afastada de quimicos.
- Como já estou há dias em modo "coçar a micose" vou ver se como algo e começo a estudar. Terei em breve um fantastico teste de direiro. E maldita seja a lei que isto mais parece a Biblia com seus versiculos e eu nem sei por onde começar.

Boa semana!

sábado, 14 de novembro de 2015

De Paris

Aquando do ataque a Charlie, eu expressei aqui a minha opinião sobre como, não sendo de todo normal matar o próximo, achava que também deveria haver mais respeito por um povo que já tinha deixado há muito de ser minoria em França. Acção gera reacção, e as publicações de Charlie eram e são provocações gratuitas para aumentar lucros.
Neste momento, acho que esta questão já foi ultrapassada em larga escala e estamos no limiar da 3ª Guerra Mundial.
Parecem-me ridiculos os comentários que estou a acompanhar nas redes sociais, que associam estes atentados aos refugiados. Não confundamos pessoas que fogem da morte com um grupo altamente organizado que causa distúrbios e morte há demasiados anos. Se existem culpados aqui, somos nós! Nós, Ocidente. Se os EUA souberam mandar milhares de militares para o Iraque por interesses económicos disfarçados de interesses humanitários, o que os impede agora de fazer o mesmo? Esta guerra é mil vezes mais importante que o Iraque. Nunca o Iraque nos bateu à porta, como o Estado Islâmico está a fazer. Não há noção real do perigo? É que eu vejo uma nação inteira bem organizada, bem armada, com objectivos claros e em larga expansão. Não adianta passar documentários nem entrevistas e pintá-los de demónios, não adianta receber o povo inocente que foge da guerra se não se agir no cerne da questão. O problema está lá, nos países de origem, no palco onde as decisões são tomadas. Não costumo ser a favor da guerra, mas neste momento creio que questões mais assustadoras se levantam. Ou agimos de uma vez, ou continuamos à espera de sermos subjugados, o que não tardará muito. Temo ainda ser viva para ver a Europa findar-se.

Quem é amiga, quem é?!?

Há por aqui fãs da série Vikings?
E se vos disser que descobri uma série da BBC sobre o outro lado da história? Sobre a época dos Vikings na Inglaterra mas visto pelo lado dos últimos? Já com os filhos de Ragnar a serem protagonistas?

The Last Kingdom

Aconselho vivamente!
Protagonista girissimo, história interessante, muita acção e é da autoria da BBC. Ainda só foram ao ar 5 episódios.






quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Primeira prova superada

Tendo em conta que este continua a ser o meu método de estudo 4 anos depois, acho que me saí bem na primeira frequencia.
Estudei na noite anterior, fui de directa e exausta, só li powerpoints, portanto suponho que o termo estudar seja bastante positivo e irreal para quem nem pegou numa caneta e eis que, só tendo passado os olhos a madrugada toda por cada um dos powerpoints, tive 12. Está bom! Não mexe mais!
Não costumo contentar-me com valores pequenos mas tendo em conta o meu longo período depressivo em que acumulei trabalho e mais trabalho e só tendo lido apresentações, acho que fiz o possivel.
Não vou exigir nada de mim após 4 anos sem estudar e tendo feito tudo em cima do joelho. Aliás, possivelmente, este semestre está já bastante comprometido. Faltei muito e fiz zero. Mas agora resta correr atrás. Primeiro teste... check! Bora lá morrer de trabalho e exaustão até dezembro!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

I'm alive

Depois de várias crises existenciais e de um dia especifico em que estive a 1 segundo de fazer as malas e mandar Lisboa à merda, posso dizer que... sei lá o que posso eu dizer! Vamos andando e logo se vê. Estas últimas semanas foram de passeio, estar com o pessoal e pouco tempo tive a sós comigo para panicar.
Resumo:

Festa Académica em Lisboa (à direita o gato vôvô da minha colega de casa e à esquerda o meu amigo espanhol que cá ficou 2 semanas comigo). Festa que acabou há 1h, tal não foi a tempestade que caiu, que até o Dj fugiu com as colunas debaixo do braço!

Caldo Verde de madrugada para aquecer os corpos encharcados pela intempérie
 
 A selecionar roupa e sapatos para oferecer a alguma instituição

Eu e o amigo spanhish nos Jerónimos

Torre de Belém

Não se preocupem! Confirmei e está bem fechado. Camões não volta a escrever mai nada!

Chiado

Bela frase, bela verdade... Crente que o melhor ainda está por viver.

Mais uma grande frase no CCB

A depressão era tanta que me enfiei num autocarro e segui para a cidade universitária da minha primeira licenciatura. A capa saiu à rua 4 anos depois.

Recepção ao Caloiro na antiga Univ

Rever os amigos sabe sempre tão bem. Parece uma foto de familia! (Estou no meio, claro)

Revisitar a sala de aula... que cheiro a história e a saudade

Despedida do spanhis com a colega de casa no Bairro Alto

Eros. Naaaaada gordo, é só impressão!

O amigo spanish deve estar a chegar a casa, por esta hora.
Eu volto a ter o meu tempo e espaço só para mim (medo...).
Estou rodeada de gomas, chocolates e aperitivos, a preparar-me psicologicamente para uma noitada de estudo intensivo. Vou ter a minha segunda frequencia nesta Faculdade. Sobre a primeira, nem perguntem que eu também não sei que vos diga. Aqui é só novidades! Que sistema de ensino tão "moderno"...
De momento, o espirito encontra-se mais calmo. Ir à minha antiga Universidade aguçou a saudade mas acalmou o coração. Vim feliz. Ver os amigos, estar no café de sempre, com as mesmas conversas foi apaziguador.
Acho que me sinto pronta para ficar em Lisboa até ao final do ano, dedicando-me aos estudos.