No meu último post sobre o rapaz que conheci, um anónimo escreveu o seguinte comentário: “E o teu namorado onde fica no meio disso tudo? Pareces estar a apaixonar-te por esse enquanto namoras”.
Isto deixou-me a pensar. Mas as pessoas querem namorados ou irmãos siameses?
É que para mim, a paixão é um sentimento muito forte que não surge numa conversa. Pessoalmente, digam o que disserem, não acredito em amor/paixão à primeira vista. Nem à segunda, nem à terceira.
Sim, eu fico feliz e o meu cérebro ainda mais, quando encontra alguém inteligente e interessante com quem falar. Mas é só isso. Eu vivo numa cidade fechada, com uma população iletrada, com a qual não se consegue falar de nada que não seja a vida dos vizinhos, com aquelas pessoazinhas que perguntam “Então é filha de quem? Quem é a sua avozinha?”. Baaaah!!
Detesto viver aqui. O meu cérebro está a morrer aos poucos. Por isso, nada mais óbvio que eu ficar feliz e perca noção do tempo quando encontro alguém bem bacana e diferente com quem conversar. Não se acha um jovem que seja fã de Mário Sá Carneiro a cada esquina, não é?
E desculpem-me aqueles que se privam do entusiasmo de conhecer um estranho interessante só porque está pres[ups], ocupado numa relação. É que se bem sei, um namoro é uma relação equilibrada, em que ambos respeitam os respectivos espaços, em que ninguém é paizinho ou mãezinha de ninguém. O dia em que eu me sentir presa e tiver de dar todas as satisfações a alguém, descarto-me logo! Eu quero um namorado, não quero um cão de guarda e muito menos um irmão siamês que esteja sempre atrelado a mim, que não descole de mim, que me sugue o sangue agarrado ao meu lombo.
Um namorado é alguém que nos cuide, que nos ame, que nos respeite e queira a nossa felicidade acima de tudo.
Eu adoro viajar e conhecer pessoas. Muitas me entusiasmam, algumas me fascinam. Mas amor é raro e não se encontra em conversas de 1h num bar.
Acordem para a vida minha gente! Vivam, não se deixem prender. Amem e entreguem-se mas não sejam burros. Não se anulem.
Porque eu adoro viajar sozinha, toda a vida fui aventureira, sempre o serei e nunca trai nenhum namorado nem faço intenções de o fazer. Porque acima de tudo numa relação, até do amor, está o RESPEITO. E quem ama não trai.
Eu confesso que quando li aquele comentário, só me deu vontade de rir. Tens toda a razão em conversares com quem for, se isso te fizer bem. Numa relação tem de haver confiança, e apesar de haver essa relação, as outras relações não podem ser anuladas. Precisamos de (con)viver para sermos quem somos.
ResponderEliminarÓ Raven é isso mesmo. Olha disseste tudo certinho, certinho e eu percebo-te muito bem. (Sabes que essa tua segurança toda com 22 anos, é capaz de assustar muita gente, não sabes?)
ResponderEliminarBeijo
Sedas: Infelizmente, as pessoas vêm a minha desenvoltura como imaturidade e crise existencial e usam o tipico argumento do "com a idade mudas!". Odeio que me digam isso...
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