No livro de li
anteriormente, The Little Budha, de Claus Mikosch, li uma história que
representa algo em que acredito muito, cegamente até. A diferença é que o
escritor chama-lhe Deus, eu chamo-lhe Destino. É a ele que confio minha vida e
rumo.
Queria partilhá-la convosco,
resumidamente.
Existia um reino
governado pelo seu soberano, alguns ministros e conselheiros.
Mas havia um ministro
especifico que era muito amigo do Rei. Tinham uma relação incrível, baseada na
amizade e confiança, o que suscitou muita inveja nos outros membros da corte.
Todos queriam acabar
com aquela bonita relação.
Um dia, o Rei foi
cortar o cabelo e o seu barbeiro, descuidado, cortou-lhe uma orelha.
Rapidamente, foram
avisar o Ministro acerca do acidente do Rei. Ao que este responde apenas “Tudo
o que Deus faz, faz pelo melhor”.
Os membros da corte
ficaram chocados com tamanha resposta e foram a correr, contar ao Rei. Este,
ofendido pela despreocupação do amigo, manda-o prender.
No dia seguinte, o Rei
decidi visitar o amigo nas masmorras. Pergunta, desdenhando, “Então, falso
amigo? Estás a gostar da estadia?”. Ao que o prisioneiro apenas responde “Tudo
o que Deus faz, faz pelo melhor”. O Rei ficou irritadíssimo.
Nessa mesma noite, o
Rei, que costumava partilhar quarto com o seu amigo Ministro, encontrava-se
sozinho nos seus aposentos quando um grupo de locais canibais invadiu o espaço
e levou-o para a floresta para o cozinhar. No exacto momento em que ia ser
sacrificado, um dos índigenas repara que o Rei não tem uma orelha.
Depressa o soltou e
explicam que na cultura deles, só se pode comer um corpo intacto e puro, não
marcado e deficiente.
O Rei volta são e salvo
para o seu castelo e, de repente, entendeu o que o seu amigo ministro queria
dizer. Se não fosse ter ficado sem a orelha, a esta hora estaria morto.
Foi a correr às
masmorras e contou o sucedido ao amigo. Ele sorriu. Então o Rei perguntou “Mas
e tu? O que vês de bom na tua prisão? Tratei-te mal!”. Ao que o outro apenas
afirmou “Se não estivesse aqui, estaria nos teus aposentos e eu tenho um corpo
puro. Portanto, teria morrido esta noite.”.
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