sexta-feira, 11 de maio de 2012

100% Crente

No livro de li anteriormente, The Little Budha, de Claus Mikosch, li uma história que representa algo em que acredito muito, cegamente até. A diferença é que o escritor chama-lhe Deus, eu chamo-lhe Destino. É a ele que confio minha vida e rumo.
Queria partilhá-la convosco, resumidamente.

Existia um reino governado pelo seu soberano, alguns ministros e conselheiros.
Mas havia um ministro especifico que era muito amigo do Rei. Tinham uma relação incrível, baseada na amizade e confiança, o que suscitou muita inveja nos outros membros da corte.
Todos queriam acabar com aquela bonita relação.
Um dia, o Rei foi cortar o cabelo e o seu barbeiro, descuidado, cortou-lhe uma orelha.
Rapidamente, foram avisar o Ministro acerca do acidente do Rei. Ao que este responde apenas “Tudo o que Deus faz, faz pelo melhor”.
Os membros da corte ficaram chocados com tamanha resposta e foram a correr, contar ao Rei. Este, ofendido pela despreocupação do amigo, manda-o prender.
No dia seguinte, o Rei decidi visitar o amigo nas masmorras. Pergunta, desdenhando, “Então, falso amigo? Estás a gostar da estadia?”. Ao que o prisioneiro apenas responde “Tudo o que Deus faz, faz pelo melhor”. O Rei ficou irritadíssimo.
Nessa mesma noite, o Rei, que costumava partilhar quarto com o seu amigo Ministro, encontrava-se sozinho nos seus aposentos quando um grupo de locais canibais invadiu o espaço e levou-o para a floresta para o cozinhar. No exacto momento em que ia ser sacrificado, um dos índigenas repara que o Rei não tem uma orelha.
Depressa o soltou e explicam que na cultura deles, só se pode comer um corpo intacto e puro, não marcado e deficiente.
O Rei volta são e salvo para o seu castelo e, de repente, entendeu o que o seu amigo ministro queria dizer. Se não fosse ter ficado sem a orelha, a esta hora estaria morto.
Foi a correr às masmorras e contou o sucedido ao amigo. Ele sorriu. Então o Rei perguntou “Mas e tu? O que vês de bom na tua prisão? Tratei-te mal!”. Ao que o outro apenas afirmou “Se não estivesse aqui, estaria nos teus aposentos e eu tenho um corpo puro. Portanto, teria morrido esta noite.”.

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