Já estou em casa, sem
dores e fui até assistir à minha primeira aula de código. Confesso que não é
tão chato como previ.
O dia ontem foi horrível.
Guerras e mais guerras!
A querida da Mammy,
sabendo que odeio receber visitas em caso de doença e que sou para lá de
auto-suficiente, alapou-se no hospital com uma amiga, interrompia-me e falava
com os médicos por mim, queria atropelar a enfermeira e levar-me ela a fazer
xixi e tudo mais até que perdi a paciência e tive de a mandar embora! Escusado
será dizer que quando cheguei a casa fui recebida aos berros, atirou-me à cara
que se como é graças a ela, se tomo banho é ela que paga a água e convidou-me a
sair. Como castigo, não fez jantar nem me deu a medicação receitada. Ora eu que
nunca tomo nada, percebo lá agora de químicos. Estou desde ontem sem nada no
organismo, espero não morrer…
E o filho da mãe do
João, na segunda-feira estava todo preocupadinho, “ai que vou ter ao hospital
para te ver quando acordares da anestesia, amo-te mais que tudo, mas este meu
maldito orgulho faz-me ser assim, e coise e tal”… Vai à merda! No dia da
operação só me ligou à noite e foi para me enervar, para afirmar o quanto
ocupado está, o quanto continua desgastado da nossa anterior relação e que
afinal não tem de me visitar, melhor até nem nos telefonarmos.
E como entender isto?
Hoje vi algo no final de uma novela que me pôs a pensar. Dizia o protagonista
bonzão para a sua ex, a qual foi impedir de sair do país, mesmo na hora H, no
meio de um aeroporto cheio de gente (tão chichet…), “Estava tão magoado que
queria que sentisses o mesmo, por isso te desprezei e tratei mal mas não posso
permitir que o meu orgulho te expulse da minha vida”. Raven chora emocionada.
Será isto? O que leva alguém que já fez tudo por mim, me deu o mundo, a brincar
com os meus sentimentos desde que terminamos? O que leva o melhor namorado do
mundo, a pessoa que gastou 2€mil comigo e com a minha mãe do verão passado a
alugar carrinhas e gasolina para nos fazer a mudança quando perdemos tudo, que
me levou de férias para desanuviar, que me queria pedir em casamento, que
enfrentou a família a ser assim? Agora virou um monstro! Ora me liga numa
segunda a dizer que não vive sem mim, ora na terça já me odeia, ora na quarta
quer fazer vida comigo, mas na quinta acha que é melhor não falarmos que
estamos a piorar a situação, na sexta sente muito a minha falta e dói-lhe o
peito, no sábado sente-se sufocado e quer ficar sozinho.
Estou farta!!! A culpa
é minha que sabendo a fase bipolar em que te encontras, ainda te ligo e atendo
o telemóvel. Quem me amar, não terá orgulho. Quem ama faz tudo só pelo medo de
perder o outro. Não tem espaço para brincadeirinhas idiotas!
PS: ele foi promovido e
vai viver para outra cidade bem longe, a 200km daqui. Isto está-me a roer por
dentro.
Nasceu um novo João. Namoravas com este?
ResponderEliminarTenho andado tão longe disto, tão cheia de problemas que nem sei ao que foste operada... De qualquer forma espero que estejas a recuperar bem e que estejas melhor.
ResponderEliminarEu já estou melhor.. Foram só três semanas de tosse, dores e febre.
Um grande beijinho *
P.S. - Já te respondi ao email.
Poça pah, olha que há coincidências. Eu também vi essa cena e achei que tu te ias identificar com ela. Agora chego aqui e leio isto.
ResponderEliminarCuida de ti, faz o que o coração te manda.
Gonçalo: Não, de facto. Tens razão como sempre. O problema é a minha mania de acreditar que estes 3 meses horriveis não podem falar mais alto que 2 anos maravilhosos. E custa-me abrir mão de uma pessoa que foi tão boa para mim.
ResponderEliminarrm: Fui operada a um quisto na zona do coccix. Assim que puder já vou ao mail.
S*: A blogosfera é maravilhosa. Até já vês algo e pensas em mim :)
E é porque ainda não nos conhecemos! O meu coração é mole e burro. Melhor amordaça-lo. Ou ainda chorarei muito.
Mas a receita dos medicamentos não dizia quantos e quando devias tomar?
ResponderEliminarOpah mulher, não sei como aguentas, eu não sei se teria tanta força! Já teria mandado tudo para o "alho"!
Ritinha: Ouvi a minha mãe dizer que tinhamos tudo cá em casa, não seria preciso gastar dinheiro. Mas como não tomo nada, tenho panico de engolir comprimidos, não percebo nada disso. Pareço um burro a olhar para um palacio quando vejo tantas caixas de medicamentos! Mas também sinto-me bem, raramente tenho dores. Eu aguento-me, sou dura. Acredita que se pudesse virar costas a tudo já o teria feito. Mas viver debaixo da ponte é capaz de não ser fácil. Deixa lá tirar a carta que eu depressa me tento pirar pra longe!
ResponderEliminarUma vez a minha querida terapeuta fez A observação que mudaria a minha maneira de ser e estar na vida ... É o que te deixo aqui hoje:
ResponderEliminar"Os outros só fazem connosco aquilo que nós deixamos".
b.: E tens toda a razão.
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