segunda-feira, 15 de abril de 2013

Corações partidos



Prefiro levar uma tampa do que dar. Sempre fui assim. Ser rejeitada? Ok, lido com isso. Magoar o coração de alguém? Uma responsabilidade dessas não, obrigada.
Não me refiro a tampas do tipo “Não sir, não vou para a cama contigo”. Refiro-me a pessoas apaixonadas, que dão a cara, que falam e dizem o que sentem e a seguir ouvem um “Não te posso corresponder, desculpa”.
Hoje, tivesse eu tido um buraquinho para me enfiar, e ainda lá estaria!
Estava eu no meu trabalho quando me aparece um indiano, vizinho de uma amiga, com o meu nome apontado num papelinho e a dizer-me, assim na lata e em inglês, que queria porque queria tomar café comigo, que desde que me viu ali na vizinhança a visitar a minha amiga se apaixonou, que me quer levar a viajar, dar tudo, que serei tratada que nem uma rainha, que temos de falar e conhecer-nos bem.
Imaginem a minha cara de choque!
Muito atrapalhada descartei-me, primeiro sendo educada, dizendo que trabalho muito, não tenho tempo e tal. Mas perante a insistência do moço, ocorreu-me apenas dizer um “NO, thanks” repetidas vezes até ele interiorizar bem.
Ele pediu desculpas pelo incomodo, foi extremamente educado e partiu, cabisbaixo e super triste. Mais tarde confirmei com a minha amiga que ele passou todo o dia em modo deprê.
E eu estou-me a sentir mal até agora! Sei que não fui incorrecta, afinal não poderia ser falsa para com os seus sentimentos, mas magoar um coração dói-me sempre por demais. Nunca sei como agir nestas situações.
Mas fica a admiração por quem abre o peito às balas e não tem medo de sentir.

1 comentário:

  1. Ohhh... não te preocupes. Eu bem sei que é meio chato, mas ele recupera. :)

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