Prefiro levar uma tampa
do que dar. Sempre fui assim. Ser rejeitada? Ok, lido com isso. Magoar o
coração de alguém? Uma responsabilidade dessas não, obrigada.
Não me refiro a tampas
do tipo “Não sir, não vou para a cama contigo”. Refiro-me a pessoas apaixonadas,
que dão a cara, que falam e dizem o que sentem e a seguir ouvem um “Não te
posso corresponder, desculpa”.
Hoje, tivesse eu tido
um buraquinho para me enfiar, e ainda lá estaria!
Estava eu no meu
trabalho quando me aparece um indiano, vizinho de uma amiga, com o meu nome
apontado num papelinho e a dizer-me, assim na lata e em inglês, que queria
porque queria tomar café comigo, que desde que me viu ali na vizinhança a
visitar a minha amiga se apaixonou, que me quer levar a viajar, dar tudo, que
serei tratada que nem uma rainha, que temos de falar e conhecer-nos bem.
Imaginem a minha cara
de choque!
Muito atrapalhada
descartei-me, primeiro sendo educada, dizendo que trabalho muito, não tenho tempo
e tal. Mas perante a insistência do moço, ocorreu-me apenas dizer um “NO,
thanks” repetidas vezes até ele interiorizar bem.
Ele pediu desculpas
pelo incomodo, foi extremamente educado e partiu, cabisbaixo e super triste.
Mais tarde confirmei com a minha amiga que ele passou todo o dia em modo deprê.
E eu estou-me a sentir
mal até agora! Sei que não fui incorrecta, afinal não poderia ser falsa para
com os seus sentimentos, mas magoar um coração dói-me sempre por demais. Nunca
sei como agir nestas situações.
Mas fica a admiração
por quem abre o peito às balas e não tem medo de sentir.
Ohhh... não te preocupes. Eu bem sei que é meio chato, mas ele recupera. :)
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