sábado, 19 de abril de 2014

Da Cura Reconectiva


Hoje fiz o meu terceiro e último tratamento.
Não vos vou chatear a falar desta terapêutica, para isso existe o Google, mas é uma área da espiritualidade e da cura energética muito interessante que está a despertar inúmeros estudos e experiencias na comunidade científica.
Devemos fazer 3 tratamentos no espaço máximo de 1 ano. Só devemos repetir se se justificar, se a nossa vida for abaixo, se a nossa saúde se vir afectada.
Hoje fui fazer a última sessão e cheia de vontade de partilhar com o terapeuta o rumo que a minha vida tinha tomado nos últimos tempos. Sobretudo porque, ironicamente, estou a passar por todos os problemas que tinha na altura em que iniciei este caminho e conheci o Nuno, o Terapeuta, em Fevereiro de 2013.
Nunca esquecerei. Estava a passar pelo primeiro processo de separação do João mas de forma muito intensa. Passei 3 meses numa cama a chorar, sem comer, sem tomar banho, fui despedida. E do nada, no Facebook, descobri que haveria naquele domingo de manhã, sessões de Cura Reconectiva por donativo para dar a conhecer essa área aqui no Alentejo. Sem saber o que era, decidi ir. Decidi ir apenas e somente para evitar mais um dia de lágrimas e fome, para distrair a mente.
A sessão correu muito bem mas mantive-me céptica, de pé atrás. E o Nuno disse-me que ali, onde estávamos, não era apenas uma casa, era um centro de evolução da consciência humana. Ali se faziam meditações, Reiki, Taças Tibetanas. Aliás, nessa noite haveria uma sessão de Taças. Perguntou-me se não gostaria de ir. Aceitei.
Desde esse dia nunca mais larguei a espiritualidade. Iniciei-me em Reiki dois meses depois. Tornei-me Terapeuta Multidimensional oito meses depois.
Hoje, revendo este algarvio que vem de 3 em 3 meses há minha cidade dar a conhecer a Reconecção, contei-lhe que após 7 meses de reconciliação, o João me voltou a deixar. E desta vez não fiquei na cama a chorar, nem sequer perdi o apetite, não fui despedida, tomo banho, vou ao café com amigos, fiz o meu aniversário na minha antiga cidade universitária, dedico-me afincadamente e de coração á Associação dos Animais, estou num ginásio e tenho fé, uma fé inabalável que esta dor vai passar e vou encontrar outro alguém que vou amar ainda mais.
E ele disse-me algo motivador; que apesar de eu ser muito exigente, querer que a dor passe, querer evoluir e ser alguém luminoso e desapegado, tenho de ter consciência de que já avancei muito, já venci uma batalha enorme. Diz ele que há gente que leva décadas para ascender o mesmo que eu neste ano desde que nos conhecemos. Esta mudança de atitude, de maturidade, da forma como encaro a perda e a dor são surpreendentes em alguém tão jovem que descobriu a espiritualidade há pouco mais de 1 ano. Fiquei de ego cheio!
O Nuno partilhou também comigo (obrigado pela confiança) o seu próprio percurso. Ele é ex-toxicodependente. Confesso que se nota no seu aspecto, pele e dentes. Contou-me como fez sofrer os pais, amigos, afastou toda a gente. Foi inúmeras vezes internado em casas de reabilitação e nunca resultou, porque o fazia pelos pais e nunca por si. Até que conheceu a C., a sua actual companheira e aí sim, foi por sua vontade a uma casa de reabilitação e curou-se, por amor e pelo futuro, pela fé, e já lá vão 9 anos. Tem duas filhas lindas, descobriu a espiritualidade e é das pessoas mais doces e amorosas que conheço. A sua forma de falar dá vontade de lhe apertar as bochechas.
Hoje despedi-me dele, grata por estes 3 tratamentos e por ter sido através dele que me abri a outra consciência, a outras dimensões e me tornei um ser humano melhor.
Vou sempre pensar em ti com amor, Nuno. Até qualquer dia.

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