sexta-feira, 12 de setembro de 2014

E corria o ano de 2009…

Estávamos em Maio, tinha acabado de chegar de uma semana de conferencias em Mérida, nas quais tinha feito parte da organização, quando o conheci através no meu blog, naquela época com outro nome e associado a mim, com a minha verdadeira identidade, público a todos.
Aqui no blog vou-lhe chamar Almeida (nome fictício como todos).
Mais 2 anos que eu, escritor, premiado, intelectual, mas boémio. Amante de cigarros e whisky, uma mente conturbada mas directa, coesa. Sexy, sabe o poder que tem, charmoso, sabe como inebriar e causar curiosidade numa mulher. Quase caí sem recuperação possível por aquele louco brilhante de olhos sagazes. Nem sei como me mantive desconfiada e longe. Ou talvez saiba… no ponto crítico, surgiu o João e iniciámos uma relação.
Entrou o João, sumiu-se o Almeida. Aquele Almeida cuja escrita me lembrava Pessoa, aquele Almeida que me propunha noites de prazer em que escreveríamos no corpo um do outro.
2014, voltei à cidade em que ele vive. Encontrei-o à porta da minha casa, numa noite tardia, às 3h da manhã, passeando o seu cão, com nome de pintor famoso.
Surpreendido, mantem o mesmo discurso, a mesma sedução e descobri que vive duas ruas paralelamente à minha. E eu sorrio perante esta coincidência. Saiu o João e a Vida voltou a colocar o mesmo diabo no meu caminho. Mas a minha postura mantém-se.
Ainda não será desta, Almeida. 

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