terça-feira, 16 de setembro de 2014

E não é que foi mesmo?






O Chico tem sempre razão!
Ontem faltei ao trabalho com aquele mau estar todo, por causa de pensamentos e pessoas negativas, memórias arrasadoras, perdi o dia de trabalho, dinheiro, estive nas urgências, triste, desmoralizada, disse aqui que deveria voltar a fazer meditação e…
Hoje chego ao trabalho e fico a saber que o chefe me vai pagar o dia como recompensa pelas vezes que ele precisa e eu faço horas extra. Além disso, deu-me a sexta-feira livre e deixou-me trocar folgas com um colega para ter também o fim-de-semana disponível para ir fazer algo que anseio há já vários anos: um retiro espiritual!
Vão ser 3 dias maravilhosos a mais de 200km daqui, rodeada de natureza, espirito livre, mentes abertas e gente nova.
Obrigado Vida, sou uma sortuda e tu és incrível! 

7 comentários:

  1. Não leves a mal o meu comentário pois é apenas um conselho :) Às vezes tenho a sensação que, pela tua maneira de ser, viver as coisas no limite: ou está grata, feliz e a sentir-te maravilhosamente, ou estás de rastos, na escuridão, perdida. Parece que não sabes viver de outra forma e que é assim que achas que as coisas devem ser. Mas acho que devias encontrar um equilíbrio. :) Ser feliz e aceitar que haverá dias em que te vais sentir ainda mais feliz (porque o patrão te dá um dia de folga) e outros em que vais andar mais em baixo (porque te lembraste de uma relação que falhou ou algo correu mal no emprego), mas sem extremos. :) A tua relação com o João já acabou, chega, pára. Mesmo esta questão das quotas pagas ou não pela irmã dele, só te afecta porque te dispões a isso. Se ela não paga porque acha que ficas com o dinheiro, encolhe os ombros, explica a situação à presidente da associação e segue com a tua vida. Não permitas que estas coisas te consumam. :) Durante a vida cruzamo-nos diariamente com pessoas que voluntaria ou involuntariamente nos fazem algo de errado, nem que seja uma resposta mais torta ou o criar de dificuldades numa situação que facilmente se resolveria. Não podes permitir que tudo te deite abaixo. Porque sim, faltar ao trabalho porque te lembraste do João é irresponsável. Se fizeres constantemente isto, perdes o emprego e a culpa nunca será dele, mas inteiramente tua. És tu que reges a tua vida, não ele nem a família dele, nem qualquer outra pessoa no futuro. A responsabilidade é tua. E essas responsabilidades têm de ser mantidas, mesmo nos dias mais felizes ou menos. :)

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    1. Tete, eu não faltei por tristeza ou pensamentos mas sim porque isso repercutiu na minha saúde. Tive um ataque de ansiedade. Coisa que comecei a ter desde essa relação mas, felizmente, acontece muito raramente. Há vários meses que não acontecia. E eu sou grata, sei que tenho uma historia de vida muito diferente da maioria dos jovens, pesada, mas considero-me muito sortuda e grata. Acho que tenho um grande, grande anjo da guarda! Mas também sei e aceito que não mandamos nos sentimentos e terei ainda muitos dias maus, momentos que vêm ao de cima, flash do inconsciente. A questão é que eu quando fico mal, não fico apenas triste, fico mesmo de cama. Sempre foi assim, sistema nervoso. Sempre fui aquela criança que andava semanas com dores de barriga em cada inicio de aulas. Os nervos atacam-me mesmo fisicamente! É chato mas tenho de viver com essa questão...
      Quanto ao estar perdida na escuridão... vejo-me mais perdida na luz. Acredito sempre no amanhã por mais dores que o hoje tenha. Mas também viverei sempre "perdida", ao sabor do vento. Isso tenho a certeza e cada vez sigo mais esse rumo, o de deixar ir e logo se vê onde pouso. Nunca correu mal! ;)

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    2. Raven, deixa-me só dizer-te que não estou a tentar convence-te de nada. Nestas coisas da vida, acho mesmo que cada um leva a vida que quer, mas às vezes ouvimos coisas ou lemos que nos podem fazer pensar.

      Eu sei o que são ataques de ansiedade. Passei por um período pior da minha vida em que chegava a ter vários por dia, durante meses. E estava sozinha noutro país. E nunca, nunca, faltei às responsabilidades que tinha. Daí ter acabado o meu comentário com a frase com que acabei. :) Eu sou como tu no que toca aos nervos, acredita, por isso é que sinto que posso falar disto.

      Tu sabes, eu já te leio há algum tempo e concordo contigo que passaste por algumas coisas que não deverias ter passado, mas também continuo a achar que há coisas que deves relativizar. Esta questão do João, por exemplo. Quem já não apostou numa relação errada? Quem já não sofreu por amor? Se todas as pessoas se permitissem a ir abaixo com isto e a faltar ao emprego, ia ser uma alegria. :) Há coisas que se passam na tua vida que tens mesmo de parar de tanta importância e achar que só te acontecem a ti ou que fazem de ti uma jovem diferente das outras. Eu, nem com os períodos mais negros da minha vida, me considero assim tão diferente dos outros. Uma pessoa nunca sabe bem o que já passou a pessoa que está ao nosso lado. :)

      É verdade que tens (temos) de viver com a questão de ser mais nervosas e de isso ter consequências físicas, mas há maneiras de controlar isso.

      Ao "perdida" estamos a dar significados diferentes. :) Eu referia-me a perdida na vida, sem ver o futuro, sem esperança, e não perdida ao sabor do vento. :) E nisto somos diferentes: eu gosto de ter a minha vida controlada e saber bem o que vou fazer amanhã, mesmo que isso me cause ainda mais stress. Tu preferes deixar-te ir e ver onde pousas. E nisto acho que não há certos nem errados. Se funciona contigo, ainda bem. No fundo, em tudo, temos de encontrar o que funciona connosco. :)

      E desculpa se pareço estar a passar um sermão (não é de todo esse o objectivo!). É que gosto de te ler, gosto de te acompanhar nesta tua cruzada da vida, e é difícil achar que há coisas que te poderiam ajudar e não dizê-las. :)

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    3. Obrigado pelas tuas palavras, a sério. :)
      Sei que tens toda a razão. Mas quando as coisas me atacam fisicamente não há nada que possa fazer. Se sofreste de ansiedade deves saber que a mesma se controla com medicação e outras técnicas. Ora eu nunca procedi a esse tipo de acompanhamento porque não consigo engolir comprimidos. Estranho, eu sei... mas tenho panico de comprimidos. Fico aflitissima só me me imaginar a tomar um. Logo, lido com todas as minhas causas fisicas sem nenhum outro auxilio senao respirar fundo.
      Devo ter passado uma ideia muito negra, caramba... ainda bem que avisas, a sério. Vou reler o que escrevi. Nunca me vi como alguém que achasse que as coisas só me aconteciam a mim... sei que desgostos de amor calham a todos mas tambem sei que o primeiro é mesmo assim, ataca-nos bem fundo e faz-nos desesperar. Acho que estou a passar pelo normal. Extremo mas normal. Acho eu. E considero que estou bem. Já la vao 8 meses, a minha vida seguiu, não deixei de viver. Continuo a ser aventureira, a arriscar, a procurar. Mas algo aconteceu, o meu subconsciente pregou-me uma partida no mundo dos sonhos e com a ansiedade. Foi irresponsabilidade faltar ao trabalho, sim. Mas sei que nao conseguiria nem caminhar até lá, sendo que ataques de ansiedade baixam a tensao e quase não permitem respirar. Espero apenas que não se repita. Mas uma "queda" em meses não me parece terrivel, acho aceitavel e consequente. É continuar a viver, encher a Vida de Vida e um dia, quando menos reparar, já passou. E hoje deleguei as minhas funções na Associação. Não foi fácil, entristeci pessoas, mas afastei-me. Era o último laço e está cortado! :)

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    4. Ahaha, somos mais parecidas do que pensas. =P Tomei o meu primeiro comprimido já era maior de idade, em pleno avião, durante uma viagem de dez horas com uma intoxicação alimentar. Acho que nem precisei de água. Só queria algo que me fizesse sentir melhor. =P Antes era o drama. Chegava a esmagá-los e a pôr num iogurte ou então mastigava-os (horrível em termos de sabor =P). Mesmo hoje é preciso respirar fundo com os maiores. =P

      Eu não procurei ajuda, recusei-me a ir médico (o único a que fui foi o cardiologista porque tive medo que tantas ataques começassem a causar-me problemas no coração), não tomei medicação, não fiz ioga, nada. Não aconselho uma vez que aquilo que durou meses a passar poderia apenas ter durado semanas. Vários ataques por dia, todos os dias, deixam uma pessoa literalmente sem energia. Eu mal me mexia. Mas fui-me mentalizando que quem comandava a minha vida era eu e que aquilo tinha de parar...E foi parando. Hoje sou capaz de ter um de seis em seis meses, o que é uma vitória. =P

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  2. Acho que foi a frase "Faltei ao trabalho, perdi dinheiro, por ti" (ou parecida) que me chamou mais a atenção. Não foi por ele. Ele tem a vida dele. Foi por ti e é por isso que te digo estas coisas: porque és tu que fazes as coisas a ti própria e assim sendo o melhor é fazer só as coisas boas. :)

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    1. Sim, aqui dou-te razão. Ainda que não escolha ter ataques de ansiedade, eu sou a responsavel pela minha vida e tenho de a controlar melhor. Obrigado pelas palavras.

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