domingo, 26 de outubro de 2014

Sexy, só e amada

Nunca tive tantos homens interessados em mim como agora. Fica a dúvida: será porque vivo sozinha, tenho emprego, pago as minhas contas? Diz-se por aí que os homens gostam de mulheres independentes, bem resolvidas.
Ou será porque ando a trabalhar arduamente no amor próprio e self care? Mulheres seguras atraem mais, é um facto.
Seja lá porque for, começo a não achar piada. Eu quero estar sozinha. Aliás, neste momento da vida, preciso. Preciso, quero e sabe-me bem. Simples. Saí de uma relação demasiado séria, de um compromisso mesmo compromisso de 3 anos. Preciso respirar. Sobretudo, preciso relembrar como é estar só, fazer planos só a contar comigo, sem levar em conta cedências e outras opiniões. É urgente redescobrir-me. Seja a viajar pela Europa, seja por várias noites em casa a ler um livro.
Estou naquela fase em que visto lingerie linda, fina, com rendinhas e me olho no espelho só para me apreciar a mim enquanto mulher. Neste momento, basto-me eu. Quero ser amada e muito por mim. Não há espaço para terceiros.
Lidar com o interesse ou sentimentos dos outros é algo normal mas para mim, nesta fase de vida, está a ser um factor de stress. Eu não quero ter de sorrir e fingir que entendi como brincadeira uma frase bem directa. Não me apetece mudar e redireccionar os assuntos só porque está prestes a surgir um convite. Não me apetece mentir e dizer que não ouvi o telemóvel tocar. Mas também não quero ser mal educada.
Estou cansada de homens. É um ultimatum: ou somem ou que apareça um de me tirar o chão debaixo dos pés! Se bem que será difícil, sobretudo agora que estou a ser realmente feliz, que descobri que não me importo de cozinhar e experimentar coisas, adoro ir ao super-mercado, voltei a ter prazer em ler, amo a companhia do Eros, voltei a fazer voluntariados, vejo filmes e encho-me de pipocas noites a fio, gosto de tomar café sozinha numa esplanada com o sol a tocar-me o rosto, gosto de ir ao teatro e ao museu, adoro ir andar de bicicleta fora da cidade, no meio do campo.
Lamento homens, mas eu gosto de mim e da minha companhia. Ou me superam ou nem vale a pena tentarem.
Agora é apenas: compras, viagens, livros, cafés, cultura e lingerie. Vou trabalhar mais e mais a cada dia o amor próprio, a segurança e a sensualidade. Porque uma mulher que se sente sexy é imparável. 

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