Estes dias não têm sido
nada fáceis.
Em Julho mudei de
cidade, arrendei casa, assumi responsabilidades, de olhos postos no futuro,
numa empresa que julgava segura. Vim sem nada. Cá não tenho ninguém, começo
agora a fazer amigos e a criar rotinas de que gosto. E agora, iniciando este
novo ano que tinha tudo para ser fantástico, eis que a empresa faliu, será
vendida e só Deus sabe o futuro. Além da venda, o trabalho tem sido muito pouco
e as acções já começaram a ser tomadas: 5 despedimentos e 80% do pessoal
passado para regime de part-time, 5h de trabalho diário, ordenado de 300€.
Se me metem a receber
300€ numa cidade em que vivo sozinha, completamente independente, é a mesma
coisa que me despedirem e mandarem para casa da Mummy de novo. Para já sou das
poucas que se aguenta. O chefe ainda não me disse nada e tenho esperança que
seja justamente pela minha condição aventureira. Sei bem que ele me contratou
porque na entrevista de emprego disse que estava aqui, nesta cidade, de
propósito pela entrevista e que se fosse contratada me mudaria sem problemas,
pronta para encarar o desafio. Logo, mudei tudo por isto e sou a empregada mais
disponível, sou a que faço as horas extras necessárias e nunca reclama quando
mudam o horário e as folgas. Tenho mesmo esperança que o chefe continue
consciente da minha posição delicada. Deus o ilumine!
Já tive mais nervosa,
actualmente estou de coração aberto. Seja o que tiver de ser. Mas confesso que
a perspectiva de regressar a casa da Mãe, numa cidade que detesto, não é boa. E
perder a qualidade de vida que estava a ter neste momento também não.
Pelo sim, pelo não, procura alternativas. FORÇA!!
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