A semana passada vi o
filme Ida, vencedor do Óscar de melhor filme estrangeiro. Este, Leviatã, foi um
dos nomeados e comparando os dois, não entendo como não ganhou.
Ida tem uma excelente
fotografia, planos diferentes e originais mas é mais uma história típica, com os
mesmos ingredientes de qualquer outro filme sobre o Leste após a guerra. Já
Leviatã tem igualmente uma fotografia de mestre, uma banda sonoro boa, um
argumento envolvente e, acima de tudo, tem a componente real. O filme é uma
critica à actual Russia e, convenhamos, se foi censurado e proibida a sua
exibição neste país, é porque tocou em assuntos incómodos e certamente reais. E
isso assusta-me. A descrição inteligente e bem humorada desta realidade, bem
aqui perto, na “nossa” Europa, captou totalmente a minha intenção e deixou-me a
pensar, a assimilar. Se um filme nos faz questionar, nos mostra algo importante,
então cumpriu bem a sua missão.
Parabéns ao realizador!
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