domingo, 26 de julho de 2015

Do rescaldo dos nervos

Agora que já passaram algumas horas desde que quase peguei a colega putéfia pelos cabelos, estou a tentar manter a cabeça fria.
Continuo ansiosa, com o coração a mil, cheia de vontade de lhe dizer outras tantas coisas mas tento respirar. Eu não sou assim. Poderia dizer que sou explosiva e pronto. Mas não sou. Digo o que tenho a dizer, sim. Mas com calma. Costumo enervar os outros de tanta calma que tenho sempre, independentemente da situação. Desta vez, aquela miúda minorca conseguiu-me enervar ao ponto de eu cegar e me apetecer, pela primeira vez na vida, partir para a ignorancia. Não sei mesmo o que me deu.
Claro que não é só o facto daquela vadia já ter tentado lixar a vida de toda a gente e subir no emprego pisando-nos. A minha arrogancia e ego também se sentem ofendidos de eu receber ordens e ter de conviver com uma ignorantezinha daquelas que até a escrever o próprio nome dá erros. O meu cérebro não aguenta!
Agora vamos lá ver o que acontece amanhã. A chefe do Mal tem estado de férias (foram 2 semanas no paraíso) e chega amanhã. A putéfia conta-lhe tudo sempre, até o que só acontece na cabecinha dela para mostrar lealdade. Portanto... ou ela até é uma pessoa normal pela primeira vez na vida e fica calada e me ignora (ela não tem nada a ganhar com esta queixinha e eu não sou o alvo principal dela, o meu cargo é baixo e ela quer o da gerente e não convém que eu me passe porque posso-me despedir na base do impulso e ela fica cheia de trabalho, sendo que ela já chora pelos cantos de cansaço) ou vai dizer à chefe que eu me passei com ela e apresenta o filme ao seu modo, coisa que não me dava muito jeito, uma vez que estou a pouco mais de um mês de sair dali por vontade própria e não queria que houvessem merdas maiores do que o necessário. Por um mês, queria levar as coisas na boa. E justamente amanhã pretendo falar com a chefe sobre férias, pagamentos e decidir qual o meu último dia de trabalho efectivo.
Vamos lá ver que surpresa me aguarda ao chegar lá de manhã.

PS: estou tããão farta de nunca mais ser setembro, de nunca mais saber onde raio fico eu colocada, de nunca mais ser hora de mudança, de avançar... Não sei quanto tempo mais aguento este emprego sem matar alguém, ainda que a contagem decrescente já tenha sido maior.


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