Da fama de bruxas não se livram elas!
E infelizmente, grande parte das vezes bem que a merecem.
Numa relação do passado, tive uma sogra que se aliava a uma cunhada e entre as duas davam cabo de mim! Pareciam filhas do Demo e foi uma experiencia pavorosa. Eu tinha até sintomas fisicos quando, por acaso, as via na rua. Era euzinha a correr para um wc, tal não eram os dramas estomacais que se me caiam em cima.
Actualmente, Deus foi mais simpático comigo e meteu um oceano entre mim e a minha sogra.
No inicio, ela até era bem simpática. Acolheu-me de forma excelente desde o primeiro dia e tudo corria bem. Até casarmos... até o filho casar com a estrangeira que é conivente com os ideais dele que ela nunca aprovou e sempre esperou que fossem passageiros.
O meu marido é um ateu convicto que sempre jurou que não casaria. E a mãe dele, mexicana 100% raça pura (com o machismo incluido) que sempre achou que isto lhe passaria no futuro, quando encontrasse uma boa moça casadoira que o fizesse assentar nos valores de Deus e da Familia. Eis que lhe sai eu na rifa! Casar até casamos... os dois num registo civil. Sem convidados, sem vestido. Ela bem tentou de forma beeeeem insistente, convencer-me a aceitar como prenda um vestido de noiva. E bem tentou de forma aiiiiinda mais insistente, que aceitassemos pelo menos um almoço de familia. Ambos dissemos que não.
Pior mesmo foi o dia que o Marido saiu de casa com um blazer, segundo ela, amarrotado. E a senhora vira-se para mim, euzinha, e tem a audácia de me dizer "Viste? Não te dá aflição?".
E eu perdida, olhava em redor, pensando que eventualmente estariam a espancar alguma velhinha na esquina. "Aflição de?".
Ela: "O blazer do meu filho. Esta amarrotado! É tua função como esposa garantir que ele ande sempre limpinho e apresentável. Uma boa esposa mexi..."
É que a cortei logo! "Da última vez que verifiquei ele tinha as 2 mãos. Portanto, ele fará apresentar-se da forma que lhe parecer melhor a ele. E recordo-lhe que não sou nem nunca serei mexicana".
Desde aí que ela me observa com estranheza, como se fosse alguma ave exótica. E vão sempre surgindo as observações, "Porque não comes a nossa comida? Agora és mexicana". Ou "Não critiques aquele que agora é o teu país". E eu sempre a cortar "Não, é o país do meu marido. O meu é outro". Ou "Não aprecio a vossa comida. O seu filho também não chega a Portugal a sonhar com bacalhau".
Assim vamos levando a coisa enquanto o stress dela aumenta.
A sua última invenção passou por fazer ao filho um jantar surpresa de aniversário, sendo que ele detesta surpresas. Independentemente da opinião pessoal de cada um, há que respeitar a postura dos outros; se ele não gosta de surpresas, não as deverá fazer, certo? Mas ela fez. Fez e da seguinte forma: convidou apenas 4 amigos dele e 12 amigos dela. Como nas festas infantis, sabem? Quando o vosso filho faz 1 ano e obviamente os convidados são a familia e amigos dos pais. Assim fez ela. E no fim os convidados DELA bazaram sem pagar e o aniversariante terminou a noite a pagar uma super conta por ter alimentado gente que vê 1x há década. Imaginem a briga que foi entre eles depois, não é?!?
Percebo que se sinta deslocada com a nova realidade; o filho casou, saiu de casa, tem uma nora duma cultura que lhe é estranha... mas caramba! Faz parte da história do Mundo, os pais adaptarem-se à saída dos filhos do ninho.
Só lhe desejo boa sorte!
Boa sorte para ela e para ti, também vais precisar
ResponderEliminarUi, coitada de ti. Eu de vez em quando já ando às turras com a minha mas tranquilamente ehehe de vez em quando lá sai um "coitadinho do meu filho, não fazia nada e agora cozinha é limpa", respondo sempre o mesmo que tu "continua com duas mãos e duas pernas... E até está mais gordinho". A conversa acaba logo ahahah ou quando diz "a comida da mãe é que é boa não é?" respondi logo torto "por isso é que até você e as suas amigas dizem que foi preciso ir viver comigo para engordar" ahaha mas tirando isso, gostamos muito uma da outra
ResponderEliminarAs mulheres por vezes são as principais machistas e nem se apercebem... que tenhamos muita paciencia, amiga! Elas até têm sorte que somos pessoas empáticas e não fazemos filmes. Sorte!
EliminarUi.... também me passava com o comentário da "obrigação" por ser mulher. Ai, que aí também me saltava a tampa (como saltou a tua). Em suma, eu sempre ouvi este ditado: "Sogra não é parente, é castigo". No teu caso, é bem verdade!
ResponderEliminarForça aí!