Das sogras

É sabido que 90% das mulheres detestam as sogras. Mas, grande parte, será um dia, certo? Então porque raio nenhuma geração inverte esta merda??

É entre colegas, mães e filhas, cunhadas, amigas, sogras e noras… mas as mulheres têm sempre de se odiar umas às outras??

Pois bem, admito e sem vergonhas que, infelizmente, faço parte dos 90% que adoraria ver a sua sogra a ser raptada daqui para a Indonésia por um grupo de Serial Killers.

E juro mesmo que a culpa não é minha, não é implicância nem nada que se pareça.

A mãe do meu ex-namorado é uma querida, tem uma doçura e um porte tão amável que é impossível não a adorar. Mas a mãe do João? Baaaah!

Tem mau feitio, parece sempre amargurada, ninguém lhe pode pedir nada, está todos os dias, a cada segundo, de mau humor. Haja paciência! Nem os filhos a aturam. Quer sempre que as suas crias estejam em casa a idolatrá-la. No outro dia, tanto insistiu, que o filho mais velho teve de lhe responder “Mãe, eu vou para minha casa, com a minha mulher e com a minha filha. Ok?”. Ao que a mãezinha respondeu com umas trombas daqui a Madagáscar.

O João agora gostava de restaurar uma casa que o avô lhe deixou, para ir viver sozinho, e ela só soube responder “Que estupidez! Sair de casa para quê?? És maltratado cá? As pessoas saem de casa para casar, deixa-te estar quieto! Além disso, o teu nome pode estar na escritura mas o Pai era meu e eu não permito que faças obras na casa”. Mas a velha está maluca???

E comigo? Se bem que não a posso acusar de me odiar ou perseguir, já que ela é amarga com todos, desde noras, a filhos, ao marido.

Uma vez, fui jantar lá a casa. Era Salmão. Adoro Salmão. Disse-lhe que adorava. Resposta dela “Então e se não gostasses azar o teu”. Disse-me esta pérola, assim, do nada… que fofa.

Ontem então, estive a um danoninho de a mandar a levar no cú.

A irmã do João vende cosméticos por catálogo. Eu não compro nada dessas coisas, a vida não está para gastar dinheiro nisso. Mas a minha BFF também vende e no nosso grupo de amigos, a malta compra-lhe essas coisinhas a ela. Ora a mãe do João vira-se para mim, que tinha lá ido jantar a casa, e diz “Podias levar a revista para mostrar à tua mãe, tia e amigas”. Eu expliquei “Levava de boa vontade, Dona M., mas não vale muito a pena porque a minha melhor amiga já vende”. A velha passa-se e lança-me a seguinte frase (num tom de decibéis bastante elevado) “E??? Essa é tua amiga mas esta é tua cunhada!! Sinceramente, estas mentalidades estúpidas!”.

Eu fiquei sem reacção. Fiquei a pensar se a mandava a merda ou a levar no cú. Optei pelo silencio em respeito ao João, o qual prontamente repreendeu a mãe, sem grande resultado, mas enfim.

Está-me cá a parecer que qualquer dia lhe tenho de explicar muito bem que o meu namoro não é como as promoções dos Supermercados, pague 1 leve 4. Eu namoro com o João, não é com o resto da família. Aliás, nem tenho interesse em ser “adoptada”, em ir aos almoços de domingo e fazer parte essa “linda união”. Quero mais é manter-me à margem. Porque se a puta da minha sogrinha já é assim e eu só estou há 1 ano com o filhote dela e sem lhe dar confianças, imagino com o tempo.

Ela que comece a fechar a boca, porque já enchi o suficiente durante 1 ano inteiro. Há próxima, se ela me apanha com a TPM, vai apanhar os dentes ao outro lado da estrada.