quinta-feira, 5 de abril de 2012

O destruir de um passado vivo

Querem fechar a Maternidade Alfredo da Costa.
Diz o Telejornal que, por dia, se fazem ali 16 partos.
Não me parece coisa pouca.
Portanto, não me parece que o problema seja por falta de utentes.
Tenho para mim, que anda aí uma parvovirose que cria nas pessoas uma insaciável vontade de fechar sítios respeitosos e úteis. Só pode.
Acho muito triste o fecho desta unidade. Não pelas crianças e grávidas, que como sabem, não acho piada nem a uns nem a outros. Mas sim pela memória histórica, por ter sido a primeira grande maternidade de Portugal, por ter sido fundada por um republicano, por ter sido gerada no meio de dignas e fortes ideologias.
Se fecharem a Maternidade Alfredo da Costa, matarão um pedaço de Portugal.

2 comentários:

  1. Raven, entendo a tua ideia, mas não podemos ficar agarrados ao passado e à história, muito menos neste momento. Temos é que olhar para o futuro e ponderar o que será melhor para ele... e estabelecimentos abertos que depois não são úteis o suficiente, não são a melhor opção para um futuro próspero. A história deve ficar onde pertence, na história. Nesse caso, poderiam fechar a maternidade e torná-la uma fonte de rendimento turístico, sei lá xD até porque, apesar de nunca ter entrado lá dentro, pelo menos por fora sei que é um autentico monumento.

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  2. Kim: Mas se fazem uma média de 16 partos por dia, a mim não me parece que seja pouco útil. Além de que a identidade de um país e de um povo nunca podem sucumbir às praticidades do século XXI.

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