A sério? É mesmo possível
achar que uma mulher merece ser violada pela sua liberdade de escolha face à
indumentária? Tudo bem que agora há por aí moçoilas que estarem vestidas ou
nuas, a coisa dá no mesmo mas não justifica um tipo qualquer forçar a rapariga
a fazer algo contra a sua vontade. Qualquer dia o rapto também é comum, não?
Ninguém mandou as pessoas andarem em sítios públicos que isso já é pôr-se a
jeito de ser metido numa carrinha e toma lá pedido de resgate!
Como mulher, este tema
toca-me muito. Mesmo ao ver filmes, encolho-me toda e tremo sempre que vejo
cenas de violação. Sinto-me afectada porque penso que poderia ser eu. Penso no
que deverá sentir uma mulher, frágil, sendo agredida desta forma, vendo a sua
intimidade exposta a um monstro qualquer nojento.
Acredito que a mulher
nunca mais volte a ser a mesma por mais acompanhamento psicológico que tenha. E
a todas as mulheres que já passaram por algo assim, deixo-vos aqui uma
homenagem sincera, uma admiração verdadeira, porque quem passa por tal e segue
em frente, é uma heroína para as quais nem tenho palavras.
eu acho que deve ser das coisas mais difíceis de uma mulher ultrapassar, esses monstros deviam ser tratados ainda pior para ver o que custa!
ResponderEliminarFico chocada, toda a gente merece respeito, independentemente do que veste.
ResponderEliminarE o Afeganistão que aprovou uma lei que permite a violação de mulheres dentro do matrimónio?! Que mundo é este? Como é que há sociedades tão desenvolvidas e outras tão desumanas e nojentas?!
ResponderEliminarJude: Infelizmente, há a ideia de que a mulher é um bem do marido, logo ele faz o que bem entender com o seu bem. Se quiser sexo, essa é a função da esposa, a bem ou a mal. Não me imagino a passar por coisas deste género. Mas olha que esta realidade ainda está também patente na nossa sociedade. Já reparaste que é muito raro a mulher casar e manter o seu nome de solteira? Mesmo na nossa geração a maioria adopta o nome do marido. Isso é machismo. A mulher recebe o nome do pai porque é a figura predominante, o chefe de familia, e no altar recebe o nome do marido porque passa da propriedade de um para outro. Era este o pensamento na época da minha bisavó e nós, idiotas de 20 e 30 anos, fazê-lo sem pensar, somos marcadas com o apelido de outro individuo, já como se fosse um gesto mecanizado e comum.
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