Somos UNO. Somos um só,
viemos do mesmo sitio, somos almas com imensas, infindáveis características,
espalhadas por este Universo fora. Somos irmãos. Somos átomos. Temos obrigação
de andar de mãos dadas. Viemos do mesmo útero celeste. Portanto, porque não há
mais gente a alimentar animais de rua? E a ir levar presentes a crianças
institucionalizadas? E a passar tardes de domingo em lares a ouvir as memórias
dos mais sábios?
Por cá, como todos
sabem, faço voluntariado com animais e ajudo, sempre que posso, vários
projectos, doando roupa, calçado, brinquedos e material escolar.
Se me acho melhor
pessoa por isso? Não, acho apenas triste que os restantes não façam o mesmo,
uma vez que é nosso dever. Ajudar não é algo nobre e excêntrico, filantrópico.
É o dever de todos, uma obrigação humana e um presente espiritual.
Este é o actual estado
das minhas pernas:
Porque os animais não
têm voz para expressar a sua gratidão, é assim que eles me “pagam”. Empinam-se,
fazem-me moches, atiram-me terra para o cabelo, derrubam-me, prendem-me ao chão
com as trelas, arranham, ladram, miam, ficam loucos de alegria! Que loucura tão
bela!
Vocês não sei, mas a
mim estas nódoas negras enchem-me o coração de amor e orgulho.
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