domingo, 25 de maio de 2014

Hematomas de amor

Somos UNO. Somos um só, viemos do mesmo sitio, somos almas com imensas, infindáveis características, espalhadas por este Universo fora. Somos irmãos. Somos átomos. Temos obrigação de andar de mãos dadas. Viemos do mesmo útero celeste. Portanto, porque não há mais gente a alimentar animais de rua? E a ir levar presentes a crianças institucionalizadas? E a passar tardes de domingo em lares a ouvir as memórias dos mais sábios?
Por cá, como todos sabem, faço voluntariado com animais e ajudo, sempre que posso, vários projectos, doando roupa, calçado, brinquedos e material escolar.
Se me acho melhor pessoa por isso? Não, acho apenas triste que os restantes não façam o mesmo, uma vez que é nosso dever. Ajudar não é algo nobre e excêntrico, filantrópico. É o dever de todos, uma obrigação humana e um presente espiritual.
Este é o actual estado das minhas pernas:


Porque os animais não têm voz para expressar a sua gratidão, é assim que eles me “pagam”. Empinam-se, fazem-me moches, atiram-me terra para o cabelo, derrubam-me, prendem-me ao chão com as trelas, arranham, ladram, miam, ficam loucos de alegria! Que loucura tão bela!
Vocês não sei, mas a mim estas nódoas negras enchem-me o coração de amor e orgulho.

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