Ninguém será feliz por
nós, ninguém nos amará mais do que nós mesmos, ninguém nos poderá erguer se
cairmos sem que a vontade para isso venha do nosso interior. Nós somos o nosso
melhor tesouro. Não se vendam, não se percam. São o único que realmente
possuem. Não façam coisas chatas porque os outros as acham geniais. Não se
metam em aventuras complicadas para impressionar. Quem nos ama não precisa de
actos loucos de demonstração.
Tenho aprendido e
praticado bastante ultimamente a questão de colocar limites. Não temos de
sorrir timidamente e dizer um “está bem” baixinho só porque parece mal dizer
não. Não temos de nos deixar ir só porque a nossa vontade pode magoar o outro. Somos
todos átomos, energia. Somos energias díspares que podem ressoar ou não.
Hoje usei a minha folga
para fazer pequenas coisas que me fazem bem. Fui às compras (sei que pode
parecer muito, muito estranho, mas adoro ir a supermercados, vá-se lá
entender!), fui meditar 1.30h e fui visitar o Canil Municipal. Esta cidade está
de parabéns, o canil tem um regime aberto de visitas em que quem quiser pode ir
buscar um cão para passear ou para passar os fins-de-semana em sua casa. Estilo
família de acolhimento.
Assim que cheguei vi filas
e filas de jaulas, muitas patinhas de fora a chamarem-me, olhares tristes.
Confesso que quis dar meia volta, não me senti bem ali. Mas de repente, olho
para a direita e vejo uma jaula lá ao fundo, mesmo no fim de todas as filas e
senti-me impelida a dirigir-me a ela. Não sei o que se passou nem o que senti
mas fui. E lá dentro estava uma coisinha encolhida, castanha. Baixei-me e
falei-lhe docemente. De repente, a coisinha encolhida foi-se esticando,
mostrando o peito, levantou-se e encostou a cabeça nas grades. Esticou então o
seu focinho e tentou lamber-me. Aproximei-me, coloquei as mãos dentro da jaula
e… ele aninhou a sua cabecinha nas minhas mães e agiu como um gato, dando
marradinhas. Aqueles olhos…! Foi amor à primeira vista! Aliás, foi mais que
isso, antes mesmo de o ver, senti-me direcionada a ele. Chama-se Trevo.
Curioso nome. Dizem que um trevo dá sorte. E na mitologia irlandesa é sempre símbolo
de felicidade, alegria e duendes, pequenos brincalhões que vivem na natureza.
Este Trevo é que degenerou. Nem sorte nem alegria. Está há 5 anos no Canil.
Ai Eros, Eros… se não
fosse o temperamento do Eros que acha normal atacar todos os animais bem como a
sua saúde que já me dá bastantes despesas, não hesitaria. Mas como quem quer,
arranja sempre solução, deixei o meu contacto lá no Canil para ser entrevistada
pela Directora e começar a passear o Trevo e ser voluntária lá.
Deixo-vos uma foto do
meu novo amor:
:p faz o teste, mas não sejas "mãe galinha"
ResponderEliminarOh... só vou puder ser voluntária e passeá-lo. De resto... o Eros jamais o aceitaria e mesmo economicamente, o facto de ter um gato doente que por vezes me desgasta muito a carteira, não ajuda. Vai ser um amor platónico :)
EliminarEntão se o eros ficar bom fazes o teste pode ser? Lol
EliminarÉ, tenho a mania já disse?
A doença do Eros não tem cura. Só manutenção e pouca! :/
EliminarTens a mania? Não entendi...
Gosto de te ler (também) por isto. Esse teu amor platónico pelos animais e o cuidado que tens com eles. Também gostava de me voluntariar numa associação, mas infelizmente não consigo chegar a todo o lado!
ResponderEliminarPasseia muito o Trevo e enche-o de mimos! Que cão bonito...não posso ver estas coisas, fico logo cheia de "comichões" para os levar para casa
Ai.. as comichões que eu sinto na alma! :/
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