quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

E parece que é mesmo assim:


A minha relação terminou em Janeiro. Ainda me sai muito a expressão “saí de uma relação há pouco tempo”, mas a verdade é que já passou quase 1 ano.
Ainda penso nele, claro. Ainda tenho sentimentos, sim. Afinal, foram 3 anos. Mas acima de tudo, estes meses foram de evolução, em que fui largando ressentimentos, mágoas, fui reaprendendo a ser só eu, comecei a gostar cada vez mais de mim e do meu espaço. Se no inicio usava as redes sociais para ver cada foto dele, saber por onde andava, rápido entendi que isso em fazia mal e bloqueio-o em todos os meios. Se no inicio ainda tentava meter conversa de todas as maneiras possíveis, depressa comecei a evitá-lo. Hoje, curiosamente, firme e convicta, sou eu a que recebo sms a meio das madrugadas, declarações entre bebedeiras, vejo actos de arrependimento, vejo infelicidade naqueles olhos, vejo atitudes auto-destrutivas, vejo a minha vida perscrutada.
E sinto pena. Pena e cansaço psicológico. Por isso tomei uma decisão que nunca aconselho, nunca apoio nem considero correcta. Deixei de lhe falar. Não lhe dirijo nem um simples “bom dia”. Acho terrivel estes actos, acho muito mais digno aceitarmos e nutrirmos carinho por quem fez parte da nossa vida mas chega. Ser correcta não me está a tornar boa pessoa mas sim burra. O João vê cada sorriso meu como uma oportunidade de me tentar pisar e direccionar todo o seu ressentimento e ódio para mim. Depois de receber mais uma enchente de sms, desde as mais amorosas às mais porcas, decidi que chega. É uma decisão triste, nada a ver comigo mas cada acção tem uma consequência. Que o desequilíbrio dele seja só dele e que aprenda a trabalha-lo. E na verdade, nem me custa manter esta posição. Passei por ele hoje e assim que o olhei senti um cansaço tão grande, veio-me tudo à memória e depressa mudei de rua.
Detesto finais pouco dignos. Mas por vezes a decisão não é nossa.

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