Ainda me lembro de ter
escrito isto em 2012, no meu aniversário.
E quis a Vida que eu me
tornasse amiga há cerca de um ano da ex namorada deste anormal que me tentou
agarrar à força.
Hoje tive de ser uma
grande amiga e acompanhá-la no enterro dele.
Não vou ser hipócrita,
ele tentou forçar-me, era um porco, cabrão, o mundo não perdeu um génio. Mas
acompanhei a minha amiga e surpreendentemente não me lembro nunca de ter
chorado tanto num velório. Não pelo morto, claro. Mas pela sua família. Aquela
irmã adolescente que gritava que ele estava vivo, que jurava por tudo que o
tinha visto mexer as pálpebras. Aquela mão que gritava igual a um animal ferido
até desmaiar e tinha de ser frequentemente reanimada.
Nunca na vida senti um
ambiente tão negro, tão pesado e sufocante. Eu só chorava e chorava e soluçava
cada vez que ouvia os gritos daquela mãe.
Pobre família...
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