quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

PDA (parte II)

Dia 30.
Após os 2 resgates animais, lá viemos para casa jantar e tomar banhoca. Jantamos à meia-noite, com este aparato todo.
Pensei que ia dormir descansada, relaxada, até porque tínhamos autocarro de manhã cedo. Mas qual quê! O Eros e a F. não permitiram. Passo a explicar: o Eros é um gato bravo, selvagem, já há poucos em meio urbano. Biologicamente é diferente de um gato doméstico, no instinto também. Nunca o consegui domesticar. Não é um animal fácil mas é meu, conheço-o. E sempre que temos visitas, o Eros avalia as pessoas cheirando-lhe o nariz e os lábios. Admito, é terrivel teres um gato selvagem em frente aos olhos, intimida, dá medo mas… calma, que eu conheço o bixo, não é?!? Ele não ataca sem mais nem menos, não arranca olhos só porque sim. Bom, quando são crianças ele lança-se sem prévio aviso mas pronto, a F. é bem grandinha. Expliquei-lhe tudo mas ela optou por tomar outra atitude: afastou-o. Colocou o braço à frente, impediu-o de a cheirar, na hora de dormir não permitiu que ele se deitasse na cama (que é o espaço dele,ele dorme comigo desde bebé). Logo, obviamente, o Eros bufou-lhe. Algo normal em felinos desagradados. Mas a F. decidiu encarar isto como uma ameaça. Começou logo “Não consigo dormir assim, ele vai-me atacar, e bla bla bla”. Eu lá meti o Eros na sala e fechei a porta. Depois a F. lembrou-se que por noite, vai 5x ao wc e estava com medo de sair do quarto. Lá fui arranjar-lhe uma panela para servir de penico (sim, isto aconteceu…!). Depois o Eros contra-atacou e arranhou a porta do quarto compulsivamente durante umas 3h. Aí a F. desistiu e achou melhor ir ela para a sala e vir o Eros para a cama. Assim fez. O Eros acalmou, ficou contente, passaram uns 30min, eu estava quase a adormecer e… a F. bate-me a porta do quarto, senta-se na cama e diz “Está muito frio na sala, o sofá é pequeno, não consigo dormir. Vamos falar”. E assim tudo se gerou para eu ir para a Nazaré de directa, com vontade de degolar a minha amiga.

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