sábado, 7 de março de 2015

Já dizia o outro, “Se a Vida te dá limões…”

Chamem-me arrogante, petulante, pobre e mal agradecida mas eu continuo a achar um suicídio intelectual ser empregada de mesa.
Se gosto de trabalho? Sim. O ambiente é bom? É.
Ando de um lado para o outro numa esplanada, os amigos visitam-me, dou dois dedos de conversa, apanho sol, vejo pessoas, rio, ganho bastante acima da média, vou começar a viver realmente bem mas… e o meu preenchimento? A minha ambição pessoal? Naaahhhh! Não há cá pão para malucos, minha gente. Não há ordenado chorudo que compre a minha realização pessoal.
Mas como neste momento é o que temos, é a realidade que se me apresenta e, como detesto gente queixinhas, chorosa, sem força para encarar a Vida, já tomei uma aitude: enviei um artigo para uma revista, propus-me assim à descarada. Os meus amigos disseram, apreensivos, “Oh Raven, achas mesmo que mandas um mail e começas a publicar numa revista conhecida cá no país?”. E eu relembrei-os que sou dona de uma sorte, um poder de atracção surreais. E claro, hoje recebi um mail a pedir um artigo até seis mil caracteres para posterior avaliação e, quiçá, publicação.
Toooooooooma lá!! Tirar cafés não me matará os neurónios.


7 comentários:

  1. Pelo que vou lendo por aqui, o que sobra em determinação, falta em "lack of reality". Por isso, devias escutar seriamente este conselho: aproveita esta oportunidade. Mas nunca descures algo mais para o futuro. Porque uns atingem. Outros não. E podemos muito bem ser aqueles que não o conseguem. Por isso, mais vale um pássaro na mão do que dois a voar... Think about it

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    1. Não acho que tenha falta de "lack of reality", Rusty. A determinação vem de algum lado. Somos fruto da vida que levamos e das opções que assumimos. Se há coisa que sempre vivenciei são os outros a agarrarem-se a essa sub-felicidade, a esses pensamentos armadilha de "mais vale ficar quieto, ao menos tenho isto, outros não têm" e eu, que sempre soube onde estava bem ou mal, o que me fazia sentido ou não, SEMPRE, mas sempre arrisquei e NUNCA me dei mal. Se um dia as coisas podem melindrar-se? Sim. Mas também posso morrer esta noite durante o sono. Portanto, pedi à minha chefe para não alongar muito o contrato. Se este episódio surgiu na minha vida é porque algo importante me tem a ensinar. Assim sendo cumpro o meu papel, mantenho-me alerta sobre a aprendizagem desta fase e sigo. Mas sigo mesmo. Tenho de o fazer. Vou assinar contrato de 8 meses. Até Outubro. Depois tenho 2 meses para passar o ano emigrada, noutro país, porque esse sempre foi o meu rumo. Já trabalhei noutro país numa fase onde até nem pensava muito em emigrar mas agora faz-me sentido e não deixarei de arriscar por causa de servir cafés. Preciso sentir-me realizada e feliz. O dinheiro, por mais elevado que seja, não compra a minha vontade de me levantar todos os dias.

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    2. Compreendo o que dizes.
      Espero não ter sido injusto com o meu comentário.
      Mas, tenho a certeza que vais conseguir conquistar aquilo que desejas.

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    3. É sempre bom ouvirmos a realidade para além de nós! Obrigado!

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  2. Por curiosidade para que revista escreveste? Artigo sobre o que?

    Parabéns pela persistência.

    Beijinho

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    1. Ainda não escrevi, Barbara! Eu disse que me ofereci e agora devo escrever um artigo para avaliação, primeiro que tudo. Se tudo correr bem, depois partilho! ;)

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  3. Eu cá acho que devemos querer sempre mais portanto concordo com a tua postura!! Sou assim! Se é algo que não te desafia, não deves contentar-te. Pessoas conformadas há imensas, realizadas nem por isso. Siga Raven, em frente é que é caminho :) *

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