domingo, 19 de julho de 2015

Bruxas, nudismo e esquizofrenia (parte I)

Todos sabem que sou Reikiana nivel II, faço meditação, sou muito espiritual e tenho uma mente muito aberta em relação a vários temas. Portanto, vou-vos tentar resumir a minha ultima semana, tentando que ela faça um mínimo de sentido e que vocês não me mandem internar.
Sonhei que estava a ler um livro. Lembro-me de estar a ler a contra capa. Depois acordei e tal, e lá se foi desvanecendo a lembrança do sonho. Nessa mesma tarde, passei diante de uma livraria, onde já tantas vezes passára e senti algo, como que uma voz interior (interior mesmo, uma certeza, um impulso, não que tenha ouvido uma voz como na esquizofrenia, ok pessoal?) e entrei. Olhei em volta, dirigi-me a uma estante, peguei num livro e... ZÁS! Estava a ler o livro do meu sonho. Chama-se "Trata a Vida por Tu", de um tal de Daniel Qualquercoisa. Fiquei impressionada. Claro que questionei a minha inteligencia e sanidade mas lá trouxe o livro. Já o comecei a ler. A parte que mais me cativou até agora foi o capítulo dos valores. Quais são os teus primeiros e principais valores? Amor? Familia? Honra? E se não for bem assim? Conheces-te bem? Consegues ter valores, saber quais são, manteres-te fiel a eles e consultá-los a cada situação de risco? Vocês não sei, mas eu cá conheço-me mal, bem vistas as coisas.
Depois desta catarse, entendi que tenho imensos bloqueios devido à minha infancia desestruturada. E apesar de falar muito e com toda a gente, afinal acho que sou timida. Não consigo falar em publico, sou directora de uma Associação de Animais na qual, já todos foram à Tv, fizeram anuncios, menos eu que fujo sempre, não consigo gritar nem falar alto, penso sempre em etiqueta e em como me devo comportar nos sitios... eu não sou espontanea!
E começou a crise existencial. Sou timida e pronto, devo aceitar-me ou estou é cheia de bloqueios e traumas e devo combate-los?
Decidi que eram ambas as coisas mas que gostaria de me soltar mais. Pensei então em fazer algum curso de expressão corporal ou teatro.
Enquanto andava neste "chove e não molha", cheia de questões, lá me apareceu no trabalho um pintor conhecido cá da Cidade, cinquentão, a convidar-me para pousar nua. Foi à descarada ao meu local de trabalho, atraído pela minha "energia e aura", dizia ele. E realmente, lá poder de atração perante a vida tenho eu!
Recusei por motivos óbvios: não sei se tenho coragem de pousar nua e não me iria trancar num atelier com um tipo da idade do meu pai que mal conheço.
Nisto começo a reparar mais em mim, tambem. Eu sempre fui uma eterna adolescente, sempre tive acne. Nada de especial, nunca nada agressivo mas sempre tive borbulhas na testa e no queixo. Sempre! E no verão apareciam-me imensas nas costas. Pois bem, pela primeirissima vez em 26 anos: estou desde Maio sem uma única borbulha seja onde for. E, não sei se tem a ver, estou mais morena, de pele limpa e começaram-me a chover homens no quintal! Não, não estou a exagerar. Imensos, algo nunca antes visto. Sobretudo para mim, que sou bem simples, raramente uso saltos altos, sou discreta e nem me acho gira. Resumindo que o texto que já vai longo: um colega de trabalho disse-me que se eu quisesse, ele trairia a namorada comigo porque eu era "mercadoria de primeira". Outro mandou-me sms a ver se calhava, a perguntar se queria que me viesse aquecer numa noite fria. Três tipos com namorada andam a ver se calha uma pulada de cerca comigo (não faças aos outros o que não queres que te façam, para mim tipo comprometido é gaja!). Mensagens de amigos e conhecidos e ex colegas de trabalho e vizinhos no face... bom, já perdi a conta! Um rapaz que me conheceu em contexto social, amigo de amigos, arranjou o meu numero e 2 dias depois começou a ligar-me compulsivamente de madrugada a dizer que me admirava e que tinha sido paixão à primeira vista. Portanto, imaginem o quanto estou farta de homens neste momento e cansada de ser desagradavel e bruta e de os meter no sitio.

13 comentários:

  1. Esse livro "Trata a vida por tu", é só do melhor coach de Portugal,
    coaching que tu há umas publicações atrás desvalorizavas a tinhas uma opinião muito negativa.
    E a minha outra questão é, numas fotos que colocaste há uns tempos na praia estavas com esse MESMO livro, "a ler", portanto, como só o "encontraste" nesta semana?


    Quanto aos gajos com namorada, nem comento. Uns porcos!!!

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    1. Não, este texto (e daí dizer parte I, haverá continuação) pretende resumir as minhas ultimas semanas. Eu sei que já tinha fotografado esse livro, foi quando tudo começou. Depois, nos dias posteriores, os acontecimentos foram-se desenrolando. E explodiram todos NESTA semana.
      Sobre coaching... comprei o livro pelo motivo acima apresentado (nada lógico eu sei, um impulso apenas e tal e coiso). Comprei para ver no que dava, gosto de ouvir os sinais da vida. Claro que ao ler a introdução, percebi que o tipo faz coaching mas o que ele faz não foi o que me levou a adquirir o livro, entendes? Nem nunca ouvi falar deste rapaz e mantenho a minha opinião sobre o Coaching.
      Sobre gajos com namorada... isto tem-me feito pensar. Quantas vezes nos entregamos e sem sabermos, gozam com a nossa cara e sentimentos? Nunca descobri nenhuma traição mas seria incapaz de fazer uma mulher passar por isso e sentir-me bem comigo mesma. Aliás, se eu não sou de aventuras nem com o solteiros, que dirá os outros...!

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  2. http://underclothes-raven.blogspot.pt/2015/06/folga-e-saudosismo.html

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    1. A tua noção de semana é muito maior que a nossa, pelos vistos. Se já tinhas lido o livro (ou, pelo menos, tinhas estado com ele na mão), para quê vires-te agora armar aos pingarelhos com isso do impulso?
      Leio-te todos os dias e, olha: desceste muito na minha consideração. Vale o que vale, mas é a verdade.
      Quanto aos homens que te rodeiam e que te querem saltar para cima, dá a ideia de que és a cereja no topo do bolo... Até te querem pintar nua! Será assim tanto? É que, agora, já desconfio do que aqui escreves.

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    2. "...vou-vos tentar resumir a minha ultima semana, tentando que ela faça um mínimo de sentido e que vocês não me mandem internar. Sonhei que estava a ler um livro."
      Eu até percebo português. Até interpreto. Ao escreveres o que copiei, dizes, claramente, que os factos relatados se passaram na última semana. E o livro aparece na foto contigo em junho.

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    3. Nossa, que biolência, já dizia a outra!
      Isto do haters da blogosfera afinal é real. Só agora ando a ler o livro a sério. Antes era impensável ter tempo. De todos os modos... agradeço que me leias todos os dias. No entanto... não me parece razoavel nem entendo estas cobranças. De repente sinto-me num casamento.
      Sobre gajos e afins, essa conversa da cereja é tua. Eu nunca me senti bonita e até digo no texto que estou espantada. Portanto, calma moça. Não nos conhecemos, não me podes cobrar factos da minha vida e isto é um blog (btw, já publiquei varias vezes fotos minhas de corpo inteiro, não preciso estrapolar). Eu leio algumas pessoas todos os dias, troco mails há alguns anos com várias, algumas já conheci pessoalmente, e nunca nenhuma "me cobrou" acções como se fossemos próximos.

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    4. Não sou hater nenhuma. Aliás, nem sequer fui eu que fiz o primeiro comentário e também não fui buscar o link onde tu apareces com o livro na mão em junho. Eu só segui a linha do pensamento de outros, constatei os factos e disse o que pensava. Não é por isso que sou hater. Muito pelo contrário.

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  3. Não me leve a mal, mas já não é a primeira vez que se percebe, pela escrita, que o seu número de telemóvel é disponibilizado com uma certa facilidade.
    Quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele. Se eu der o meu número a tudo quanto mexe, é natural que interpretem isso como um convite. Digo eu!

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    1. Não é facil conter um número. Não sou eu que o faculto mas qualquer pessoa consegue chegar a mim facilmente, sendo Directora de uma Associação animal nacional. Além de outros projectos sociais. Agora resta-me ser clara e objectiva e colocar cada qual no seu lugar. Mas o meu contacto surge com facilidade nos sites relacionados com os meus trabalhos sociais.

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  4. É verdade que o que escreves parece fantasioso, são demasiadas peripécias, coisas que, por vezes, parecem demasiado irreais... Mas só te lê quem quer... Eu confesso que o teu blog faz parte dos meus momentos de descontração diária, mas encaro o como isso mesmo, uma fantasia de uma menina aborrecida... Ajuda a passar o tempo no metrô :)

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    1. Bom saber o feedback que passamos aos outros. E é sempre curioso saber que impacto criamos na opinião de quem só nos imagina. A minha vida é bem irreal, sim. Ou não. Eu acredito que recebemos sinais frequentemente mas que não estamos preparados para os ver, interpretar. Quando ficamos então despertos para esta realidade, torna-se mais fácil que tudo venha a nós. Claro que sendo desconhecidas, nunca te poderei fazer crer que tudo o que escrevo é real mas, justamente por este tipo de feedback, é que de há uns meses para cá coloco mais fotos minhas nas situações em si. Estou a tentar personalizar a coisa para que deixes de me ver como uma menina aborrecida fantasiosa ;)
      Prometo, agora que sei que tenho leitoras assíduas, ser mais fidedigna e mostrar-vos que o Universo faz acontecer MESMO!

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    2. Eu acho que também depende muito de como cada um vê a vida. Já cheguei a comentar com o Jack que se tivesse passado por metade das tuas situações não lhes teria dado a importância que deste ou não as teria interpretado da forma que fizeste. E se eu vir a tua vida do meu ponto de vista acho que é uma vida normal, como é a minha e a de tanta gente. Da mesma forma que acho que se tivesses vivido metade da minha vida (que considero absolutamente normal) eras capaz de interpretar momentos ou dar importância a coisas que te fariam pensar que já passaste por coisas diferentes. :)

      Fico com a mesma sensação quando leio blogues sobre relações em que os namorados vão discutindo, tendo ciúmes, etc, e um dia leio a bela frase "Nós que já passámos por tanto!" e penso: a sério? Eu vivi uma relação à distância durante 3 anos; em 8 anos de namoro apenas um foi na mesma cidade; mudei de país por amor; e tantas outras coisas e considero que tenho uma relação absolutamente normal e nunca me lembraria de pensar que já passámos por muito.

      É como esta gravidez: estou a achá-la absolutamente normal, mas ainda assim já ouvi uma amiga referir-se a mim como estando a ter uma gravidez complicada. =P

      Não acho que haja uma maneira certa ou errada de ver a vida. :) Mas acho que estas maneiras diferentes de ver a vida levam a que tenhamos perspectivas diferentes sobre ela. :)

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    3. Nada mais perfeitamente certo, Tete!

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