Compreendo que não
poderia estar mais de acordo.
Sempre ouvi dizer que
quando estamos comprometidos aparece sempre alguém fora de tempo e que quando
estamos disponíveis, custa até para conhecermos um amigo novo. Pois comigo é o
oposto. Desde que estou solteira, logo 2 semanas depois, conheci um guarda
prisional, 29 anos, todo bonitão, corpo trabalhado e todo o ar de cabrãozinho.
Mais tarde, vim até a saber que é casado e pai (nojo de homem!). O tal polícia
que já tinha andado atrás de mim da última vez que fiquei solteira, budista de
32 anos, ao saber-me livre, voltou ao ataque. Vimo-nos esta tarde e logo recebi
uma sms a dizer “Estás linda. Ia-me apaixonando ao ver-te”. E há 3 semanas
conheci um Russo da minha idade, bem no auge dos 25, olho azul, barba,
tatuagens, a tentar carreira como modelo em Lisboa. Foi a primeira vez após a
ruptura que um homem me cativou a atenção. Ele é bonito, claro. E atrai-me
muito. Mas… descobri que estou mais bloqueada do que poderia imaginar. É lógico
que após 3 anos de uma relação tão dura e intensa, eu agora não queira meter-me
noutra. Mas nem uns beijos? Um envolvimento breve? Conhecer melhor e ver no que
dão as eventuais borboletas no estômago? Parece que não. Olho-o, sinto-me atraída
e é tudo. Assim me fico, quieta e só. Porquê? Não sei. Talvez porque ainda amo
o passado, talvez porque estou cansada e desgastada de alma rasgada, talvez
porque estou a adorar a solteirice e a reconstrução pela qual estou a passar. O
motivo é-me ainda vedado pelo meu forte inconsciente mas o certo é que estou
assim, de coração fechado, concentrada na minha reconstrução e completamente
alérgica a homens. Neste momento podia até aparecer-me o Príncipe encantado a
matar dragões e mais dragões que eu ficaria calada, quieta, observando, sem
grande entusiasmo.
Adoraria apaixonar-me e
viver um bonito romance mas parece que o passado me feriu mais do que alguma
vez imaginei. E assim sendo, resta aceitar, fazer obras, martelar aqui, rebocar
acolá e um dia, quando menos esperar, começarei a abrir janelas e a arejar o sítio.
Ainda é cedo, é normal que isso aconteça. O coração ainda está a recuperar :)
ResponderEliminarNão forces. Não tens de fazer nada. No entanto, não feches o coração nem evites contactos!!
ResponderEliminarNão é nada saudável partir logo para outra pessoa, mas pode acontecer.
ResponderEliminarEu diria que às vezes a toalha molhada sabe bem...
ResponderEliminarPassei por isso há 2 anos. Estava ferida. Achei que estava bloqueada. Achei mesmo. E estive, alguns meses. Não tantos como pensava que estaria. Meti-me em "coisas" que sabia sem futuro, mas por isso mesmo me meti. Fez-me bem ao ego, fez-me bem a mim e no fundo desbloqueou-me. Qundo realmente me apareceu, sem esperar, algo em que via futuro, estava prontíssima, sarada, com ego em alta e desbloqueadíssima! Mas isto sou eu. E somos todos diferentes.
O que queria dizer era: não feches portas, não forces as coisas. Deixa andar, deixa-te conhecer novas coisas e viver isso. Nem vais notar quando se der a mudança.
Tinha o teu post aberto aqui há imenso tempo porque queria mesmo deixar-te estas palavras. beijinho
Faz muito bem ao ego que outros homens nos olhem, sobretudo bonitos e desejados. Mas meter-me em aventuras já não é comigo. Não julgo, a sério. Acho que fizeste tu muito bem. Mas não consigo. Sou muito pacata nisso, acredito em sentimentos, em algo especial. Coisas de uma noite não são o meu género e nem me sentiria bem a fazê-lo. Não me estou a fechar, quero muito conhecer pessoas, deixo-as chegar a mim mas, fisicamente / amorosamente, para já não consigo. Nem quero correr o risco de usar alguém para esquecer o passado e magoar a pessoa. Envolvimentos só quando o coração estiver totalmente só, arejado e sem sombras.
EliminarObrigado pelas tuas palavras. Beijinho
Agora que li isto outra vez... Não eram coisas de uma noite, nem coisas feitas com frieza... Mas não interessa. Quis dar-te o meu ponto de vista e tu percebeste. :)
ResponderEliminar