Ou eu sou muito boa
pessoa ou o mundo está uma porcaria mal frequentada.
Hoje estiveram 2 jovens
rastafáris, com uma cadelita, a tocar acordeão e pedir esmola perto da
Cafetaria onde trabalho. Foram até perguntar no fim do dia, se iriamos deitar
comida fora ou se lha poderíamos dar. Todas as minhas colegas as olharam com desdém
e despacharam. No fim, quando eu saí debaixo de chuva para lhe oferecer 2 pães
de leite com queijo e um iogurte liquido que tinha na mochila, as minhas
colegas olharam-me como se eu fosse louca. E logo vieram os julgamentos, “Eles
vivem assim porque querem, espíritos livres. Não tenho pena nenhuma! Fossem mas
é trabalhar”. Eu entendo esta visão. A sério que sim. Mas entendo acima de tudo
que somos todos unos, viemos e vamos para o mesmo sitio, somos peças do mesmo
puzzle e cada um toma o seu rumo. Elas são nómadas e pior são aqueles que tendo
uma casa e um trabalho, tudo destroem em drogas e álcool. Elas não fazem mal a
ninguém, apenas vivem de outro modo que deve ser respeitado. Se posso ajudar,
porque não?
PS: irónico é ter
descoberto que estas colegas tão cheias de moralismos e opiniões e preconceitos
têm tectos de vidro. Uma está a cumprir 2 anos de pena suspensa por
relacionamentos com tráfico de droga e outra é de etnia cigana e já viveu em
acampamentos. Esta gente…
Desde quando é que ser cigano e ter vivido num acampamento é ter 'tetos de vidro'? E desde quando é que uma coisa justifica aquela que estás a tentar provar?
ResponderEliminarPara mim parece-me lógico que se alguém viveu num acampamento e faz parte de uma minoria descriminada, deva entender o que é sentir preconceito na pele e não o faça posteriormente aos outros.
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